Quem matou Odete Roitman? O mistério de Vale Tudo retorna e continua atual, mas por quê?
O mistério de Vale Tudo retorna no remake e reacende a curiosidade do público. Descubra por que ele ainda fascina
Publicado em 08/10/2025 às 09:30,
atualizado em 08/10/2025 às 11:06
O mistério em torno da morte de Odete Roitman em Vale Tudo é um dos maiores clássicos da teledramaturgia brasileira. No remake da novela, a pergunta "quem matou Odete Roitman?" ressurge, gerando grande repercussão e curiosidade no público.
O fascínio por esse clichê não é à toa, pois ele explora elementos narrativos que prendem a atenção e mobilizam a audiência. Vira assunto nas rodas de conversas e apostas em bolões com prêmios em dinheiro.
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Na versão original de 1988, Leila (Cássia Kiss) foi a responsável pela morte de Odete (Beatriz Segall), alegando ter cometido o crime por engano. No remake, a autora Manuela Dias disse que uma coisa é certa: Odete Roitman (Débora Bloch) foi assassinada por um dos cinco personagens.
A Globo gravou dez finais diferentes, com os cinco suspeitos matando e não matando, mantendo o mistério até mesmo para os atores. Essa estratégia intensifica a curiosidade e o engajamento do público, que acompanha cada capítulo em busca de pistas.
Apesar de algumas críticas ao remake, especialmente em relação a escolhas absurdas e mudanças desnecessárias, a discussão em torno de "quem matou Odete" tem mantido a novela em pauta. Como um internauta comentou, "Texto ruim ou não, só falam de Vale Tudo. Sucesso que chama?".
Mas por que o clichê "Quem matou" mobiliza a trama e desperta curiosidade?
O clichê "quem matou?" é um artifício narrativo poderoso que explora a natureza investigativa do ser humano. Diversos fatores contribuem para o seu sucesso:
Mistério e suspense - A incerteza sobre a identidade do assassino cria um clima de suspense, mantendo o público vidrado na tela para descobrir a verdade. Cada cena, cada diálogo, pode conter uma pista crucial, transformando o espectador em um detetive em potencial.

Engajamento ativo - O público não é apenas um observador passivo. Ele é convidado a participar ativamente da trama, formulando teorias, discutindo com amigos e familiares, e até mesmo votando em enquetes. Essa interatividade gera um senso de pertencimento e torna a experiência da novela mais imersiva.
Especulação e teorias - A falta de uma resposta imediata alimenta a especulação. As redes sociais se tornam um palco para debates acalorados, onde cada detalhe é analisado e diferentes teorias são elaboradas. Essa efervescência em torno do mistério mantém a novela relevante e comentada.
Catarse e recompensa - A revelação do assassino no último capítulo proporciona uma sensação de catarse e recompensa para o público, que acompanhou a jornada e finalmente obteve a resposta. Essa resolução, muitas vezes surpreendente, é o ápice da experiência e deixa uma marca duradoura na memória dos espectadores.
Identificação com os personagens - O mistério da morte geralmente envolve personagens complexos e com motivações diversas. O público se conecta com esses personagens, torcendo por uns e desconfiando de outros, o que intensifica o drama e a emoção.
A morte de Odete Roitman na primeira versão de Vale Tudo mobilizou o país, com 2,5 milhões de cartas enviadas com palpites sobre o assassino, e apenas 5% acertaram. O jornal O Globo dedicou um terço da primeira página à cobertura do enterro da personagem. Esse fenômeno se repete no remake, provando que o clichê "quem matou?" continua sendo uma fórmula de sucesso para prender a atenção do público e transformar uma novela em um verdadeiro evento nacional.