Regina Duarte, Galvão Bueno e mais: 4 estrelas que quebraram a cara fora da Globo
Relembre quatro famosos casos em que astros e estrelas se arriscaram ao fazer trabalhos fora da Globo, mas acabaram se dando mal e voltaram à emissora posteriormente
Publicado em 08/10/2025 às 08:01
Na história da televisão brasileira, diversos nomes fizeram sucesso nos programas da Globo. Muitos ousaram deixar a emissora que lidera o ranking de audiência há décadas e se deram bem, como Silvio Santos, Jô Soares e Rodrigo Faro, entre outros. No entanto, alguns quiseram sair e se deram mal, voltando em seguida.
Relembre quatro casos famosos abaixo:
Regina Duarte

Muito antes de se aventurar no governo de Jair Bolsonaro, Regina Duarte deixou a Globo em 1984 para fazer uma espécie de nova versão de Malu Mulher na Manchete.
Estamos falando de Joana, onde ela vivia uma jornalista que tentava conciliar a família com o trabalho, envolvendo-se em questões sociais, políticas e criminais.
Produzida de forma independente por Guga de Oliveira, irmão de Boni, a série teve apenas quatro episódios exibidos pela emissora da família Bloch, após devastar o Ibope da emissora, como foi noticiado nos jornais da época.
A dificuldade na venda das cotas de patrocínio chegou a despertar rumores de que a Globo teria se metido na história, o que foi veementemente negado pela emissora.
O programa foi parar no SBT, que o deixou no ar até junho de 1985, novamente sem grande repercussão. Logo em seguida, ela voltou para a Globo, onde aceitou o convite para viver a Viúva Porcina de Roque Santeiro. Segundo a atriz, a personagem a salvou da depressão.
Galvão Bueno

Atualmente atuando em diversas frentes, como Band e Prime Video, Galvão Bueno deixou a Globo em 1992 para se aventurar na Rede OM, um canal sediado no Paraná que queria se tornar uma grande rede nacional.
Galvão seria sócio da emissora na área de esportes, como Luciano do Valle fazia na Band, mas os planos não saíram como o esperado. Apesar de transmitir a conquista do São Paulo na Libertadores daquele ano, alcançando grande audiência, o narrador não recebeu o combinado e, após uma série de cheques sem fundo, voltou para a Globo e levou a disputa para Justiça.
"Fiquei na OM 11 meses e saí porque houve uma quebra de confiança. Eles não cumpriram o prometido, a dívida que contraíram comigo se avolumou e eu não sentia mais nenhuma honestidade por parte deles. Não me pagavam o que me deviam, os cheques sem fundo se acumulavam, não tinha mais nenhuma possibilidade de continuar lá", declarou o narrador alguns anos depois.
Devendo a muitas pessoas e depois de dispensar 100 jornalistas de uma vez, a Rede OM decretou falência, fechando as portas em 23 de maio de 1993 e dando lugar à CNT, que está no ar até hoje e aluga sua grade para igrejas evangélicas.
Sérgio Chapelin

Ícone da Globo desde os anos 1970, Sérgio Chapelin tinha um sonho: ser animador de auditório. Convidado por Silvio Santos, foi para o SBT em 1983, deixando a apresentação de programas como o Fantástico, Jornal Nacional e Globo Repórter.
Mesmo ganhando mais no novo canal, ele acabou perdendo rendimentos, já que os comerciais que fazia foram vetados na antiga casa. Sem grandes perspectivas, apesar dos bons resultados à frente do Show sem Limite, Chapelin voltou à Globo em 1984, retomando o cargo de âncora do Fantástico.
O astro se aposentou em 2019, quando deixou o comando do Globo Repórter, atualmente vivendo em sua fazenda no interior de Minas Gerais.
Chacrinha

No início dos anos 1970, Abelardo Barbosa comandava dois programas de sucesso na Globo: Buzina do Chacrinha e Discoteca do Chacrinha. No entanto, o Velho Guerreiro criava muitas confusões nos bastidores, deixando irritado o então todo-poderoso da Globo, Boni.
Após uma forte briga, Chacrinha deixou o canal em 1972, indo para a Tupi, onde manteve bons índices, mas conviveu com falta de estrutura e de verbas de produção e constantes atrasos salariais.
Em 1978, rumou para a Band, onde ficou até 1982, se lamentando por estar longe da Globo. Quando menos esperava, foi resgatado pelo próprio Boni e voltou para a antiga casa - na época, a imprensa destacou o brilho nos olhos de Chacrinha ao voltar para a emissora.
O programa ficou no ar até a morte do apresentador, em 1988.