Opinião

Anacrônicos, Casos de Família e Fofocalizando fazem hora extra no SBT

Atrações resistem ao tempo e às mudanças da grade


Fofocalizando e Casos de Família com Chris Flores e Christina Rocha
Fofocalizando e Casos de Família fazem dobradinha nas tardes - Foto: Reprodução/SBT

Dobradinha nas tardes do SBT, Casos de Família e Fofocalizando resistem bravamente às mudanças na grade de programação. Ambos criação de Silvio Santos, a atração apresentada por Christina Rocha até foi cancelada no ano passado, mas a decisão não durou muito.

Já o Fofocalizando tem menos tempo: no ar desde 2016 (ainda Fofocando) teve uma sensível mudança no final do ano passado quando trocou seu diretor. A tentativa era ser mais competitivo no Ibope, o que até agora não aconteceu. Sofrendo como toda a grade da emissora, pouco - ou nada - explora os bastidores das atrações da casa e em suma, apenas repercute acontecimentos do mundo das celebridades. Cheiro de requentado.

Como criação de Silvio Santos, dificilmente deve sair do ar ou ganhar uma reformulação mais robusta no seu conteúdo, embora precise. Em tempos de que a notícia está na palma da mão numa velocidade cada vez mais avassaladora, o programa pouco agrega porque não faz lá muito sentido observar comentaristas fazendo análises ou divagando confusões familiares, quem é o novo namorado de tal artista ou replicar posts de redes sociais.

Obviamente que há exclusivas, mas elas muitas vezes acabam se perdendo em meio aos debates sem relevância. Prova disso é a audiência que não é seu forte. Mas, justiça seja feita: os profissionais ali em frente ao vídeo por vezes tiram leite de pedra, principalmente Chris Flores. Mas, é a velha história do manda quem pode...

Casos de Família é outra atração datada no SBT

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Apresentado por Christina Rocha desde 2009, a apresentadora há tempos merece mais. Ligar a TV no meio da tarde e se deparar com o Casos de Família é como voltar no tempo em mais de uma década. O programa já encerrou seu ciclo e talvez o dono da emissora é o único que não perceba.

Também carente de audiência, o vespertino não tem mais para onde ir. Esgotou pautas, sugou até a última gota de um formato que já foi vencedor dentro do próprio SBT. Mas, passou. E há muito tempo deixou de ser relevante. E isso não é demérito da produção ou apresentadora. Apenas passou, como tantos outros não fariam sentido permanecer no ar. Ou alguém imagina o Fantasia (1997-2000; 2007-2008) pedindo encarecidamente para que o público ligue e participe de algum game?

Enquanto isso, bons programas como e que dariam uma oxigenação na grade como o Vem pra Cá (2021-2022) são descontinuados e outros nem saem do papel. A programação diária do SBT apoia em um jornalismo que não tem estrutura para tantas horas, programas datados e novelas que quando vão bem demais, correm o risco de desaparecer como prêmio.

Thiago Forato é jornalista, assina a coluna Enfoque NT desde 2011, além de matérias e reportagens especiais no NaTelinha. Forato também é autor do blog https://parlandodepalmeiras.com.br. Converse com ele pelo e-mail thiagoforato@natelinha.com.br ou no Twitter, @tforatto  

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