A Fazenda 15?

A Fazenda ganha chacoalhão para ter sobrevida na Record em 2023

Reality termina com pior audiência e por uma marcada pela baixaria desenfreada, além de acusações graves


Adriane Galisteu em arte com A Fazenda 14
Adriane Galisteu no comando de A Fazenda 14; reality termina em baixa - Foto: Reprodução/PlayPlus
Por Thiago Forato

Publicado em 15/12/2022 às 05:09,
atualizado em 15/12/2022 às 08:38

A 14ª temporada de A Fazenda vai chegando ao fim nesta quinta-feira (15) na Record. Os finalistas são Bárbara Borges, Bia Miranda e Iran Malfitano, e um deles ganhará R$ 1,5 milhão. Quem não ganhou muito foi a emissora, que ficou com a imagem arranhada. Para o ano que vem, a expectativa é por mudanças, apurou a coluna. 

Neste ano, o reality show termina marcado por acusações de manipulação, baixaria desenfreada e cenas verdadeiramente tristes de se assistir na televisão, longe daquilo que o formato e o entretenimento propõe. Para isso mudar, a Record precisa dar um verdadeiro chacoalhão. Caso contrário, o público já deu a letra: não vai assistir.

Esta temporada terminará como a menos assistida da história, com 7,2 pontos de média. Até então, a mais "flopada" havia sido a 11, em 2019, quando acumulou somente 8,2 pontos na Grande SP e já se falava sobre a continuidade do formato. O período pandêmico deu um verdadeiro "boom" não só para A Fazenda, mas para todo o gênero.

Depois disso, agora o programa precisa caminhar com as próprias pernas. A coluna apurou que no início do ano que vem, conversas vão acontecer para que A Fazenda tenha uma espécie de "reinício". Nem Adriane Galisteu, apesar do bom desempenho, está garantida no formato. Um novo apresentador teria potencial de relançar o produto no mercado.

Procurada, a Record não se manifestou sobre a informação que planeja mudanças. 

A Fazenda ainda sofre com falta de transparência

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A Record parece mesmo não aprender com os próprios erros. Depois de uma chance de reviver de vez o formato em 2020 com uma audiência e repercussão não vista há uma década, a emissora não aproveitou a oportunidade para corrigir os próprios equívocos.

Não joga limpo com o telespectador nas regras e segue fazendo um pay-per-view repleto de cortes. Como já relatei diversas outras vezes aqui: é chover no molhado. Dentro da produção, a autocrítica existe, mas há "forças superiores" que impedem uma evolução nesse aspecto. Ninguém entende.

Enquanto uma verdadeira revolução não acontece, o que era um temor se confirmou: audiência aquém das duas últimas temporadas. Voltou ao patamar pré-pandêmico. Se a Record não colocar em prática o que deve ser feito, existe o risco iminente do próprio público cancelar o reality show. É melhor não pagar pra ver.


Thiago Forato é jornalista, assina a coluna Enfoque NT desde 2011, além de matérias e reportagens especiais no NaTelinha. Forato também é autor do blog https://parlandodepalmeiras.com.br. Converse com ele pelo e-mail thiagoforato@natelinha.com.br ou no Twitter, @tforatto 

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