Coadjuvantes que roubaram a cena nas novelas das nove da Globo
Nas novelas das nove da Globo, coadjuvantes carismáticos roubam a cena e viram protagonistas da teledramaturgia brasileira
Publicado em 21/12/2025 às 09:07
Tradicionalmente, as novelas das nove da Globo são marcadas por grandes protagonistas, tramas centrais densas e personagens concebidos para liderar a audiência, no entanto, ao longo dos anos, muitos coadjuvantes acabaram ultrapassando o protagonismo esperado e conquistaram o público, se tornando figuras indispensáveis para o sucesso das histórias.
Com carisma, humor, vilania ou emoção, eles roubaram a cena e, em alguns casos, entraram para a memória afetiva da teledramaturgia brasileira.
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Personagens cômicos frequentemente se transformam em verdadeiros fenômenos. Em Avenida Brasil (2012), por exemplo, Adauto (Juliano Cazarré) e Muricy (Eliane Giardini) conquistaram o público com bordões, exageros e situações hilárias, equilibrando o clima pesado da trama central.
Já em O Outro Lado do Paraíso (2017), Raquel (Erika Januza), começou como personagem secundária e terminou a novela como uma das favoritas, graças à sua trajetória de superação e carisma.
Nem só os grandes antagonistas roubam a cena, em Pantanal (2022), o remake consagrou Zefa Leonel (Paula Barbosa) e Zaquieu (Silvero Pereira) como personagens que, mesmo fora do eixo central, ganharam enorme destaque. Zaquieu, em especial, emocionou o público ao representar temas como identidade, pertencimento e afeto em um ambiente conservador.
Outro exemplo marcante foi Nazaré Tedesco em Senhora do Destino (2004). Embora fosse uma vilã central, sua construção folclórica e exagerada transformou a personagem em um ícone pop, fazendo com que suas cenas frequentemente ofuscassem até mesmo os protagonistas.
Em Amor à Vida Félix foi um fenômeno na Globo
Em muitas novelas, o sucesso dos coadjuvantes é tão grande que autores ampliam suas participações. Em Amor à Vida (2013), Félix (Mateus Solano) começou como vilão secundário, mas o desempenho do ator e a resposta do público levaram o personagem a um arco de redenção que o colocou no centro da trama.

O mesmo aconteceu com Crodoaldo (Marcelo Serrado) em Fina Estampa (2011), cuja personalidade caricata garantiu cenas memoráveis.
O êxito desses personagens mostra que o elenco bem escalado é fundamental para a riqueza narrativa das novelas das nove. São eles que dão profundidade ao universo da história, criam subtramas envolventes e, muitas vezes, estabelecem maior identificação com o público.
Mais do que coadjuvantes, esses personagens se tornam protagonistas do imaginário popular, provando que, na teledramaturgia brasileira, roubar a cena é também uma forma de fazer história.
Vamos ficar de olho nos próximos personagens que surgirão nas diversas telas.