Enfoque NT

Leve e didático, Me Poupe é um dos acertos da Band na linha de shows

Me Poupe tem o comando de Nathalia Arcuri e mostra pessoas atoladas em dívidas


Nathalia Arcuri
Nathalia Arcuri leva o Me Poupe para a TV aberta - Divulgação
Por Thiago Forato

Publicado em 29/10/2019 às 07:23,
atualizado em 30/05/2022 às 19:10

Reality criado para solucionar os problemas financeiros dos participantes, o Me Poupe, que completou cinco edições e já está há um mês no ar na Band, mostrou-se um acerto da emissora, que também saiu de sua zona de conforto.

Apresentado pela jornalista e educadora financeira Nathalia Arcuri, o Me Poupe trata de um tema sério e que assola milhões de brasileiros: o endividamento. Apesar de ser um tema importante e muitas vezes até "burocrático", Arcuri consegue conduzir a atração com leveza e pulso firme.

O didatismo se faz necessário para que o espectador não fique emaranhado com termos do "economês" e consiga ser inserido em um contexto onde 65,1% das pessoas no Brasil estão, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviço e Turismo (CNC).

É esse o percentual de indivíduos com dívidas no Brasil. Os inadimplentes que têm dívidas ou contas em atraso somam 24,5%. Os dados são referentes à setembro.

Nathalia Arcuri propõe desafios, mostra números, faz cálculos simples e o que precisa para que o participante consiga arcar com aquela dívida. Sem enrolação, o Me Poupe acerta também na objetividade e na fácil linguagem.

Com uma pegada de internet na TV aberta, o programa, ainda que seja de extrema importância e qualidade, não consegue fazer milagre no Ibope. Os índices, em torno de 1 ponto (equivalente a cerca de 200 telespectadores) na Grande São Paulo, mostram estagnação. E não existem culpados. Somente para efeito de comparação, o consagrado O Aprendiz também não conseguia um desempenho melhor.

O Me Poupe ainda mostra algo original de fato e foge do mais fácil que as emissoras já vem fazendo há alguns anos: comprar formatos estrangeiros. O reality financeiro é uma criação brasileira e isso deve ser destacado. Ou seja, é possível se pensar em criar programas, não somente comprá-los e fazê-los em terras tupiniquins.

 

Thiago Forato é jornalista e escreve diariamente para o NaTelinha. Assina a coluna Enfoque NT desde 2011 e que completa 8 anos nesta terça-feira (29). Converse com ele pelo e-mail thiagoforato@natelinha.com.br ou no Twitter, @tforatto

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