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De comportamental conversado a humor escrachado, "Casos de Família" faz 15 anos no SBT

"Casos de Família" mudou da água para o vinho com troca de apresentadoras


Regina Volpato no Casos de Família
Regina Volpato comandou o "Casos de Família" entre 2004 e 2009 - Divulgação/SBT

Foi lá no longínquo ano de 2004 que o SBT estreou o "Casos de Família" e surpreendeu muita gente com o tom que o programa adotou e da maneira com que Regina Volpato conseguia conduzir os conflitos.

Em 18 de maio daquele ano, ia a primeira edição da atração que perdura até os dias de hoje. Com outra apresentadora, em um formato bem diferente daquele de meados dos anos 2000.

Volpato explorava um velho formato com seu jeito sincero e responsável. Fazia de temas polêmicas, assuntos de interesse público sem deixar cair no grotesco e sensacionalista.

A antiga apresentadora provou que para fazer sucesso, não era necessário expor a imagem de ninguém. Talento foi o grande pilar da popularidade do "Casos de Família".

Com edições conversadas, pautadas pelo respeito e reflexão dos temas abordados, o "Casos de Família" destoava, no bom sentido, dos similares "Hora da Verdade", extinto na Band, e o "Márcia", telebarraco dos anos 90 do SBT e também já exibido na mesma emissora dos Saad.

De comportamental conversado a humor escrachado, \"Casos de Família\" faz 15 anos no SBT

Em 2009, contudo, Silvio Santos quis transformar o "Casos" em algo mais popular e fez diversos testes com apresentadoras para dar continuidade ao programa. Christina Rocha foi escolhida e recentemente, aliás, completou 10 anos à frente ele.

A mudança foi da água para o vinho. Se igualou aos outros programas do gênero, mas continuou na grade com respeitáveis índices de audiência. Não à toa, está no ar até hoje.

Atualmente, a atração virou um circo. Nesta última semana, por exemplo, temas como "meu marido é o gay mais machista que eu conheço" e "minha mãe parece um cavalo" embalaram as tardes do SBT.

Inegavelmente, Christina Rocha segurou a peteca e vem fazendo isso ao longo de uma década. Popular, deu o tom que o dono do SBT pediu.

No entanto, o humor escrachado tomou conta do "Casos de Família", que perdeu completamente sua essência nesses 15 anos. A psicóloga Anahy D'Amico até tenta dar um ar mais sóbrio ao programa no final com suas análises, mas fazer milagre fica difícil.

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