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Fim do decreto de Alê na ESPN é um problema bobo que podia ser resolvido
Eu Paguei pra Ver analisa assuntos da TV por assinatura

Por Redação NT
Publicado em 16/12/2016 às 07:10
Confesso que fiquei chateado quando li, no início da semana, que o comentarista Alexandre Oliveira, da ESPN Brasil, iria terminar os seus chamados "decretos de fim de semana" dentro do "Bate-Bola Debate".
Não sou muito adepto do "jornalismo engraçadinho", mas o que Alê fazia era divertido, natural, quase uma marca do "Bate-Bola Debate". E marcas não deveriam ser tiradas assim.
A saída do decreto se deu por causa do que Alê falou sexta (9), dizendo que meninas "que viram o penta já guentam". Bom, até acho que ele passou do ponto, mas é uma falha entendível. Nada que um pedido de desculpas resolvesse.
Foi uma fala de três segundos, ou até menos, que praticamente não fez a menor diferença no "decreto". Era 1% da piada que quebrou os outros 99%. Mas era extremamente fácil de ser resolvido: "errei, vida que segue".
Não há informação de que a ESPN proibiu, porque pelo visto a iniciativa veio de Alê Oliveira, depois das intensas críticas - foi ele que anunciou através de seu Instagram inclusive -. Se, de fato, a ESPN proibiu, fez algo bobo, triste, reprovável. De novo: nada que um pedido de desculpas não resolvesse.
No mais, novamente, o politicamente correto em demasia faz algo legal se perder. Eu entendo que essa geração é a que mais está ciente dos seus direitos, mas implicar com uma piadinha num programa esportivo feito por um cara boa praça beira o bizarro.
E mais bizarro ainda, se de fato for comprovado, é a ESPN ter "caído na pilha". Não era necessário proibir. Repito: se Alê pedisse desculpas, resolvia. É um exagero em um milhão.
Perdemos algo legal e divertido na TV paga, e o "Bate-Bola Debate" fica sem sua marca principal. Uma pena. Pelo menos o comentarista avisou que vai continuar com o "decreto" em outras plataformas. Força, Alê!
Atualização: Durante a tarde, veio a confirmação de que realmente a decisão de parar com o "decreto" na TV partiu do próprio Alexandre Oliveira, não tendo a ESPN participação nisso.
Gabriel Vaquer escreve sobre mídia e televisão há vários anos. No NaTelinha, é responsável por reportagens variadas e especiais. Ainda assina as colunas "Antenado", sobre TV aberta, e "Eu Paguei pra Ver", sobre TV por assinatura. Converse com ele. E-mail: gabriel@natelinha.com.br / Twitter: @bielvaquer
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