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Enfoque NT: As ácidas opiniões de Sheherazade e sua coleção de polêmicas

Jornalista renovou contrato com o SBT na última quinta (08)


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Divulgação/SBT

Após três anos de Rachel Sheherazade no SBT, pode-se dizer que finalmente o "SBT Brasil" têm dado algum retorno significativo de repercussão e até mesmo audiência, que gira em torno dos 6 pontos no Ibope de segunda a sexta-feira, às 19h45.

Quando saiu do Nordeste em 2011, talvez nem Rachel Sheherazade fosse imaginar que causaria tanto alvoroço como âncora no principal telejornal da casa. E a tarefa era dura: substituir ninguém mais, ninguém menos que Carlos Nascimento, um dos jornalistas mais renomados da televisão.

Hoje bastante valorizada por ter colocado novamente o jornalismo do SBT em evidência depois de muito tempo, teve seu passe disputado a tapa entre Silvio Santos e a Bandeirantes. Acabou optando pela permanência no SBT, com aumento salarial (ela ganharia R$ 350 mil mensalmente na Band) e a promessa de um programa de debates sem data para ir ao ar, mas provavelmente no segundo semestre. E certamente, após as eleições. Não preciso nem dizer a razão.

O último programa de debates que o SBT teve foi o "Fora do Ar", em 2005, onde o principal integrante era Jorge Kajuru, conhecido por sua língua afiada e comentários ácidos acerca do mundo esportivo e político. A produção acabou realmente fora do ar, mas por outras razões. Hebe Camargo, Adriane Galisteu e Cacá Rosset eram os responsáveis por fazer Kajuru ficar um pouquinho mais manso, o que nem sempre adiantava.

Ao longo dessa sua curta trajetória na televisão nacional, Rachel acumula algumas opiniões polêmicas. Vamos relembrar as principais, inclusive a que deu início a tudo:

- No Carnaval de 2011, ainda na Paraíba, Rachel criticou severamente a festa no país, dizendo que a festa estava elitizada e era para rico. A repercussão foi tão grande, que Silvio Santos se interessou e mandou chamar a moça para ancorar o "SBT Brasil";

- Quando o Papa veio ao Brasil, Rachel abriu fogo contra os ateus e proferiu: "eles não sabem o que dizem", quando um grupo resolveu fazer o "desbatismo", em protesto a tantos gastos que o governo teve que arcar para "protegê-lo" e recepcioná-lo;

- Em 2012, concordou com José Sarney, quando disse que os ateus “não tinham o que fazer”. Na ocasião, eles pediram que a frase “Deus seja louvado” fosse retirada das cédulas de reais. O grupo também dizia que era contra cruzes em repartições públicas e ensino religioso nas escolas. Católica Apostólica Romana, Rachel se mostra até intolerante religiosa em alguns comentários, afinal, o estado é Laico (é o que dizem) e as reclamações dos religiosos, por mais fúteis que possam parecer, tinham algum fundamento;

- Ano passado, a jornalista tomou uma bronca de executivos da Jequiti por ser a favor de testes cosméticos em animais e até um grupo de ativistas realizou um abaixo-assinado pedindo sua saída da emissora. Como se sabe, a empresa de Silvio Santos não faz esse tipo de coisa;

- Recentemente, disse ser "compreensível" a revolta da população e a tentar fazer justiça com as próprias mãos diante de tanta omissão e ineficiência dos órgãos públicos. Foi o estopim.

Agora, Rachel vai dar mais ainda o que falar, pois suas opiniões devem voltar dentro de um mês no "SBT Brasil". Bem ou mal, Sheherazade é a única âncora de telejornal que tem uma opinião tão contundente e não tem medo de expressá-la. Tanta contundência, por vezes, acaba gerando ares de prepotência e superioridade. Há que se tomar cuidado não só com o que fala, mas também como fala.
 

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