Colunas

Enfoque: Vergonha alheia é protagonista de "Quem Quer Casar com Meu Filho?"


90c959474a5012d4350e1faed63eacf8.jpg
Divulgação/Band

Assistindo ao “Quem Quer Casar com Meu Filho?”, sabemos porque ficou na gaveta da Band por tanto tempo. O reality, que tem a apresentação de Adriane Galisteu, foi gravado em 2012 e finalizado em outubro do mesmo ano.

Hoje, os candidatos já devem ter até se casado, separado e tido filhos. Não necessariamente nessa ordem.

O formato pertence à Eyeworks, produtora que fornece conteúdo à Bandeirantes já há algum tempo. O “Quem Quer Casar com Meu Filho?” também esteve no ar em alguns países europeus e tenta a sorte em terras tupiniquins.

O reality tem como proposta oferecer a cinco homens (sendo um deles homossexual) a possibilidade de escolher uma mulher (ou homem, no caso do homossexual) para se casar, dentre dez candidatas(os). As futuras sogras saem como a grande piada do programa. “Sabe qual o nome dessa mulher aqui? Problema!”, disse uma mãe no primeiro episódio.

Ontem (13), uma das sogras estava tentando ensinar a arte de destrinchar um frango a uma candidata, que pegava com certo nojo no alimento, causando indignação da sogra. É um festival de situações que lhe garantem a vergonha alheia e até mesmo a degradação do ser humano, podendo fazer com que a mulher seja vista como objeto sexual.

Em determinada “prova”, as pretendentes de um candidato tinham que ficar de biquíni e passar pela aprovação da sogra. “Você tem mamas muito pequenas, meu filho gosta de maiores”, disse a mãe. Outra moça até mesmo se recusou a tirar o roupão e mostrar suas curvas. “Isso é um absurdo, eu não permitiria que minha filha fizesse isso, então eu também não vou fazer”, disparou. Outra questionou o fato da extrema importância que estavam dando ao corpo, esquecendo-se dos traços da personalidade e caráter.

Em um formato como esse, é inegável que situações constrangedoras aconteceriam. Adriane Galisteu é profissional e fez o seu, mas em nada tem a ver com o que mais sabe fazer: dominar um palco. Nas cabeças, parecia estar até com bronzeamento artificial, com um clareamento dental estonteante.

Em suma, um programa pobre. Não é à toa que ficou tanto tempo esperando uma brechinha para ir ao ar. Mas se ele não fosse exibido, a emissora perderia ainda mais dinheiro.

A audiência está abaixo do que o “CQC” registra, entre 3 e 4 pontos. O “Quem Quer Casar com Meu Filho?” fez 2 pontos no Ibope em seus dois episódios e dificilmente passará disso. É até muito. E não adianta culpar estreia de minissérie na Globo. A culpa é inteiramente da qualidade (falta de) do “novo” reality da Band, que vai ao ar todas às segundas, a partir das 23h.


A coluna agora contará com edições às terças, quintas e domingos. Fique ligado! Relembre todas.

Contatos do colunista: thiagoforato@natelinha.com.br - Twitter: @Forato_

 

Mais Notícias

Enviar notícia por e-mail


Compartilhe com um amigo


Reportar erro


Descreva o problema encontrado