Enfoque NT: O declínio da Fórmula 1 na televisão brasileira

Publicado em 11/09/2013 às 15:44
A Globo transmite a Fórmula 1 desde 1970. Apenas em 1980, e na primeira corrida da temporada de 1981, a transmissão ficou a cargo da Bandeirantes.
O evento sempre contou com alto investimento por parte da emissora carioca em câmeras e profissionais para fazê-lo. As cotas publicitárias que são vendidas são estratosféricas e cobrem o valor gasto.
Neste ano, cada cota foi comercializada pelo valor de R$ 62 milhões. Os patrocinadores estão com a Globo e a Fórmula 1 há três temporadas e são: Renault, Nova Schin, TIM, Santander, Petrobras e Mastercard.
Enquanto financeiramente a situação é mais animadora a cada ano que passa, o mesmo não se pode dizer “ibopicamente” falando. Enquanto na época de Ayrton Senna a audiência passava dos 40 pontos (a medição era aferida de uma outra forma), hoje as corridas ficam abaixo de dois dígitos.
Em conversa com o colunista, o universitário Luan Dimas, de 19 anos, contou que assiste a Fórmula 1 desde os 15: “Assisto todas as corridas, seja o horário que for”.
Já o jornalista Laion Trevizani, de 24 anos, diz que já não tem o hábito de assistir as corridas como antes. “Atualmente só passam as corridas para cobrir os buracos na grade de programação”, falou.
Em julho, a Globo resolveu substituir uma corrida de F1 (Grande Prêmio da Hungria) pela missa de encerramento da “Jornada Mundial da Juventude”, por considerar o evento mais importante para o telespectador. A corrida, na ocasião, foi exibida em formato de compacto após a série “Revenge”.
Há 10 anos, a média das transmissões da emissora era de 21 pontos, e hoje mal passa dos 9. A queda representa quase 60% de audiência.
A explicação talvez esteja nos corredores brasileiros, que não têm muita perspectiva de vitória. E a tendência é piorar, agora que Felipe Massa anunciou que deixará a famosa escuderia italiana Ferrari.
Torcer pelo Brasil na Fórmula 1 está cada vez mais difícil. Quem acompanha, é porque realmente gosta bastante do esporte. É fiel.
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