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Antenado: O que está acontecendo com o "Pânico"?


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Divulgação

Antes de começar tudo: o “Pânico” sempre foi e ainda é um programa campeão. Pegar com 3 pontos, lá em baixo e conseguir ser líder é sensacional. Neste último domingo (02), o programa foi líder por 43 minutos. Legal.

Porém, não dá pra não questionar o conteúdo atual que é levado ao ar. Fora o “Ixquenta”, que é absurdamente engraçado e hilário, nada faz rir. E pior: o “Pânico” virou programa de tortura? Sacanear o Bola e os demais integrantes deixou de ser engraçado faz tempo, mais ou menos em 2009. O que mais ouço na rua é a máxima: “Agora só tem brincadeira sem graça de tortura...”. Ou seja, não falo apenas do que acho, e sim dos relatos de que tenho ouvido, inclusive de adolescentes de 14, 15 anos, público forte do programa.

É esse sadismo em demasia totalmente desnecessário que está fazendo o “Pânico” se desgastar de uma forma que faça seus momentos de genialidade se reduzir a quase zero, diferente de outros tempos.

Claro, temos que levar em conta o seguinte: não é fácil fazer um programa de humor, ao vivo no horário mais concorrido da TV brasileira, por três horas. Mas antigamente o “Pânico” fazia isso facilmente. Por que não o faz mais? Se acomodou porque os números estão bons? Olha, continua liderando? Sim, continua. Mas tem dado entre 7 ou 8 pontos de média. Lá atrás, o programa fechava com 10, 11 pontos. Ou seja, o Ibope caiu. Mas tudo bem, o que dá é satisfatório pra ser a maior audiência da Band tranquilamente.

De novidade, o humorístico lançou “O Inconveniente”, que é até engraçado, mas não faz nada de novo, já que o Vesgo fazia praticamente o mesmo lá atrás. Parece que o “Pânico” perdeu sua principal virtude: a capacidade de renovação. Porém, fale isso pro seu diretor, Alan Rapp.

Na madrugada desta segunda (03), ele falou para o famoso tuiteiro Hugo Gloss: “Pô, esses nego acham que porque tem um site podem falar o que quiser”. Ele disse isso em relação a um colega, que falou dos bons índices do “Teste de Fidelidade” e que complementou com um “Se cuida, Emílio!”.

Claro, ainda não é pra tanto. O “Teste” ainda não é uma ameaça, mas não dá pra negar que ele tem crescido semana após semana, tanto que chegou a 5 pontos. Mas como o “Pânico” tem dado 8... Avisar não custa. Ah, Alan: o programa ainda chega no primeiro lugar, mas não é culpa da imprensa que se ele não tem mais o mesmo poderio “arrasa quarteirão” que tinha, certo? Pense nisso.


Gabriel Vaquer escreve sobre mídia e televisão há vários anos. Além do “Antenado”, é responsável pelo “Documento NaTelinha”. Converse com ele. Twitter: @bielvaquer
 

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