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Amado ou odiado? Psicóloga dá dicas para não ser cancelado no BBB

O medo e a incerteza do julgamento no BBB paira sobre a cabeça dos possíveis participantes


Karol Conká enxugando as lágrimas
Psicóloga dá dicas para não ser cancelado no BBB - Reprodução/Globo

Após a última edição do Big Brother Brasil, onde o cancelamento e linchamento virtual rolou solto, o medo e a incerteza de entrar para o reality show pairou sobre a cabeça dos possíveis participantes.  O sentimento de rejeição aumenta ainda mais quando se trata do "camarote". Para eles, a oportunidade de alavancar carreira, ganhar seguidores e o receio de perder contratos pesam tanto quanto o prêmio de R$ 1,5 milhão na hora de guiar comportamentos e atitudes dentro do reality.

Segundo a psicóloga Maria Rafart, existem estratégias para driblar a dor da rejeição e deu dicas para os futuros brothers e sisters não sofrerem com a cultura do cancelamento. "O sentimento de rejeição ativa nossos circuitos cerebrais responsáveis por processar a dor. Portanto, nada pode evitar a dor inicial de se sentir rejeitado ou cancelado. No entanto, há estratégias que podem ajudar a processar essa dor: uma autoestima em dia, por exemplo, de certa forma pode amenizar o que os outros pensam de negativo sobre nós. Um trabalho nesse sentido antes de entrar na casa é fundamental para garantir saúde psíquica lá dentro e no pós-reality", explicou a especialista.

"Algumas pessoas possuem maturidade para absorver impactos e mesmo assim seguir adiante, é o que chamamos de pessoas resilientes. Trabalhar a própria capacidade de absorver impactos sem muitos danos seria a primeira coisa a ser trabalhada. Assim como a fama é transitória, os cancelamentos também são. A pessoa psiquicamente madura sabe dessa transitoriedade", completou a especialista.

Saber seu próprio lugar de fala, suas falhas e seus próprios valores, segundo a psicóloga, é o que tornou muitos candidatos vencedores. "O público gosta de quem se conhece, quem sabe os próprios limites e os desafia. Além disso, a autoestima em dia pode ajudar muito nos momentos difíceis de conflitos de convivência na casa".

Na primeira edição do BBB21, o que os participantes mais fizeram na primeira semana foi sentir medo de falar demais e desagradar o público. A psicóloga disse que esse receio é muito comum, por que hoje em dia o telespectador está muito atento às falas que sejam ofensivas, não só às ditas minorias, mas ao politicamente incorreto em geral.

"Uma boa repassada nos temas sensíveis pode ajudar. No mais, falar sobre os próprios erros e ‘podres’ pode ser até benéfico, como aconteceu com Rico na edição de A Fazenda", indicou Maria Rafart.

Cancelamento x crime no BBB

O BBB completou 20 anos. Ao longo desse período, houve situações que extrapolaram o cancelamento. Casos de assédio, intolerância religiosa e agressões já foram motivos para a polícia visitar a casa mais vigiada do Brasil. Para o advogado José Estevam Macedo Lima, especialista em direito do entretenimento, o fato do público não aprovar o comportamento de um ou outro participante, não dá o direito de usarem as redes sociais para atacá-los.

"A internet não é uma terra sem lei. É importante ter responsabilidade e cautela ao se manifestar nas redes. A liberdade de expressão não serve de escudo para a prática de atos ilegais e moralmente vedados. Nem tudo é liberdade de expressão, há um limite que ultrapassado implica em violação. As condutas que se enquadram nos tipos penais descritos nos crimes contra a honra e também na injúria racial devem ser levadas à análise do Poder Judiciário e não devem ser justificadas pela liberdade de expressão".

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