Publicado em 19/08/2021 às 05:25:00
"Ô Roque!". É difícil falar do Programa Silvio Santos e não lembrar de Gonçalo Roque, 84 anos, fiel escudeiro do apresentador há décadas. Primeiro funcionário contratado pelo SBT há 40 anos, ele conversou com o NaTelinha relembrando como conheceu Silvio e falou ainda sobre a emoção do reencontro com o patrão após quase dois anos por conta da pandemia. O dono da emissora retomou as gravações no fim de julho e cancelou as que estavam programadas na semana passada, após ser diagnosticado com Covid-19.
"Chorei muito, quase dois anos parado e eu sendo o primeiro funcionário do Silvio Santos. Ficar tanto tempo sem fazer nada é duro. Ele me entregou um livro, cumprimentei ele, conversamos rapidinho e já tinha que começar o programa que a caravana estava esperando. O pessoal ficou muito feliz", contou Roque, que falou como foi a reação do patrão com o retorno.
"Vi alegria nele, ele nasceu para isso. Ele se tornou um dos homens mais queridos do Brasil. No dia que esse homem for embora, o Brasil para", disse. Por enquanto, Silvio segue de repouso em casa e, segundo a assessoria do SBT. "está muito bem e na reta final da quarentena".
O diferencial do auditório ser considerado o melhor do Brasil, segundo Roque, é o apresentador. "É a simpatia do Silvio, quem faz o auditório é o apresentador. O auditório quer brincar, dançar, e tem cara que não liga, aí complica", diz ele, que ainda explica o motivo de a plateia do programa ser formada somente por mulheres.
"Homem não aplaude, é tudo ciumento. Mulher é um assanhamento que já vem da natureza, é mais animada", brinca. Ele lembrou também de um episódio em que um homem do Rio de Janeiro foi descoberto pelo segurança após a gravação de um programa, vestido de mulher. "O sonho dele era conhecer o Silvio Santos, ele veio fantasiado de mulher, entrou, assistiu o programa. Quando terminou o programa, o segurança desconfiou, ele começou a tirar a roupa, jogou o sapato de lado", conta.
A parceria com Silvio Santos é longa e tem mais de 60 anos. Roque estava procurando emprego, foi assistir ao programa de Manoel de Nóbrega na Rádio Nacional e, ao conversar com o porteiro, foi indicado para uma vaga de office boy. Nas horas vagas, dava um suporte na portaria e esbarrava com o apresentador quase sempre.
"O Silvio passava lá, dava 'bom dia', 'boa tarde', pegamos aquela amizade e depois que saiu o canal dele, me chamou e falou 'você trabalha bem com auditório e vai ser o meu diretor'. Estou até hoje, são 63 anos trabalhando com ele", recorda ele, que diz que até hoje costumam conversar nos bastidores antes do início das gravações. "Antes de ele entrar, sempre me chama para saber de onde é a caravana, quantas pessoas vieram... O auditório era formado por 200 pessoas, agora na pandemia gravamos só com 80. Estou muito triste com esse negócio, não posso abraçar as meninas do auditório, tirar fotos, agora é tudo à distância", fala ele, que não pensar em se aposentar.
"Aposentadoria para quê? Enquanto Deus dá saúde você tem que trabalhar. Ficar em casa parado, dá preguiça, não tenho o que fazer, aí a mulher começa a mandar", diz.
Entre os momentos que destaca nos bastidores do programa estão o bom humor e generosidade de Silvio Santos. Roque recorda que uma vez foi procurado por um policial que queria realizar o último desejo da mãe, que estava em estágio terminal de um câncer.
"Pediu para ele que antes de ela morrer, queria pegar na mão do Silvio Santos. Combinei com ele, mandei trazer a mãe no programa. Avisei ao Silvio que ela tinha um problema, falei do sonho. Quando terminou o programa, ele chamou ela, os dois se abraçaram, ela chorou, ficou tão feliz. Quando o filho dela chegou, ela disse: 'agora posso morrer feliz, realizei meu sonho'. Até eu chorei", recorda.
"Quero que Deus dê muita saúde para o Silvio Santos, um homem muito rico, mas de um coração muito bom. Ele trata o público dele com muito carinho", completa ele, que lembra ter recebido apoio do patrão quando adoeceu no ano passado e precisou ser internado para tratar uma infecção urinária. "Quando fiquei doente, ele deu a maior atenção. Ele é um ser humano, que não vai nascer igual tão cedo, ele é atencioso com todo mundo, para ele não tem pobre, rico, o tratamento é igual com todos", completa.
Nessa longa trajetória pelo SBT, Roque já passou por todos os programas comandando por Silvio e conta quais sente saudades: "Sinto falta do Show de Calouros, do Domingo no Parque, Topa Tudo Por Dinheiro, todos os auditórios eu trabalhei". diz.
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Roque vive há mais de 35 anos com Janilda Nogueira, que conheceu quando ela era babá dos seus filhos Sander, morto em 2001, e Camila, frutos do seu relacionamento com uma ex-chacrete. "Ela veio cuidar dos dois filhos que tive com uma bailarina que conheci no programa do Chacrinha, trabalhei lá também. Ela viajava muito, dançou no programa do Bolinha também e a Janilda foi indicada por um amigo, que era cunhado dela", conta.
A princípio os dois viraram amigos e Roque até comprou o vestido de noiva para a até então sua funcionária, que estava de casamento marcado com outro. "Acabei gostando dela, ela era noiva e até comprei o vestido pois ela foi tão bacana comigo, me ajudou com as crianças. Até que ela chegou e falou comigo que não queria casar mais. Nesse vai e vem tivemos dois filhos: Serginho e Vinicius, além da Pâmela que é filha da Janilda e considero filha", explica.
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