Publicado em 04/06/2021 às 04:36:00,
atualizado em 04/06/2021 às 12:46:36
Lucinha Lins é a mocinha de Os Saltimbancos Trapalhões (1981), filme produzido há 40 anos que vai ao ar nesta sexta-feira (4), no SBT. A exibição marca a estreia na emissora de um pacote de longas-metragens protagonizados por Didi, Dedé, Mussum e Zacarias. Para a veterana, a comédia faz lembrar o início da carreira e os bastidores marcados pela irreverência do quarteto.
“Sem dúvidas foi um filme que me abriu portas, principalmente para o universo infantil”, comenta Lucinha Lins, em entrevista exclusiva ao NaTelinha. Na época, a atriz desenvolveu um trabalho com crianças em espetáculos musicais. Nos anos 1980, ela também apresentou um programa para esse segmento, o Lupu Limpim Clapa Topo, na extinta Manchete.
Aos 20 e poucos anos, Lucinha tinha feito comerciais de TV que chamaram atenção para a seleção de elenco do filme. Ela conta que o convite foi feito pelo próprio Renato Aragão, o Didi. “Eu não sabia nem falar ainda. Não era atriz, não era nada. Era só uma mulher bonitinha. Fiquei morta de medo com o convite, muito nervosa, mas resolvi encarar, e foi muito importante para minha vida.”
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As recordações dos bastidores de Os Saltimbancos Trapalhões são as melhores possíveis. “Tinha segurança para não deixar o Renato Aragão chegar perto do set de filmagem enquanto outras pessoas estivessem gravando”, lembra. A atriz revela que o colega costumava acender nos cenários um “barbantinho cheiroso”, que empestava o ambiente. “Ele jogava disfarçadamente no meio da cena, e a gente tinha que continuar atuando com aquele cheiro horrível no ar.”
“Eram quatro malucos, trapalhões mesmo! Fora das câmeras, eles também eram extremamente engraçados. Um gozava e implicava com o outro, era brincadeira e palhaçada o dia inteiro. Era um inferno delicioso (risos). Sempre tinha alguma coisa a mais que engrandecia a cena pela naturalidade e a troca entre eles. Tenho lembranças muito gostosas dos quatro, me diverti demais.”
Os Saltimbancos Trapalhões levou mais de 5 milhões de espectadores ao cinema e está, até hoje, entre os títulos brasileiros de maior bilheteria. Passados 40 anos, volta ao grande público em horário nobre. “O filme já pega duas gerações e entra na terceira agora, assim como as músicas [da trilha sonora, baseada na peça teatral Os Saltimbancos], que são inesquecíveis”, acrescenta Lucinha Lins.
A artista soltou a voz na pele da bailarina Karina Bartholo, a paixão de Didi na história; nos anos seguintes, ela também se dedicou a trabalhos como cantora. “É uma produção antiga, não é moderna, mas é linda. Quando vejo, tenho uma ternura muito grande. Tenho críticas severas a meu respeito, eu não sabia nada, mas também um grande agradecimento e orgulho por ter feito parte desse filme.”
Ela nega que tenha ficado chateada quando, há quatro anos, foi rodado Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo à Hollywood (2017), uma releitura do clássico. “Ao contrário, fiquei muito feliz de saber que iam refazer o filme, porque ele pode ser refeito de 10 em 10 anos, sempre com uma cara nova.”
Na ocasião, ela lamentou em entrevista por ter ficado de fora do elenco. “Meu comentário foi ‘Poxa vida, nem me chamaram para servir um cafezinho!? Eu adoraria ter feito parte de alguma maneira dessa nova montagem’. Foi em um sentido de alegria, não de ciúmes ou inveja, absolutamente. Eu queria era brincar disso novamente (risos)”, esclarece.
Aos 68 anos, Lucinha Lins dificilmente sai do ar. Estrela de diversas novelas da Globo entre os anos 1980 e 1990, atualmente pode ser vista com as reprises de A Viagem (1994) e O Salvador da Pátria (1989), no canal Viva. Dois trabalhos que a veterana classifica como inesquecíveis e que seguem fazendo fãs nessa era das redes sociais.
“A Viagem eu já tinha visto em outras reprises. É impressionante: a cada exibição, parece que a audiência é ainda maior. É um marco. Isso acontece muito à custa de pedidos, pelo que fiquei sabendo. Os fãs estão sempre pedindo que a novela seja reprisada”, comenta. A trama espírita de Ivani Ribeiro já foi reapresentada duas vezes na Globo, em 1997 e 2006, e duas no Viva, em 2014 e desde dezembro de 2020.
Já O Salvador da Pátria, além da exibição original, passou uma única vez no Vale a Pena Ver de Novo, em 1998, e retornou na TV a cabo em abril. “Tenho visto bastante e gostado muito. Com o [autor] Lauro César Muniz não tem erro”, elogia Lucinha. Seu trabalho mais recente em novelas foi em Apocalipse (2017), na Record.
A atriz ensaiava no início do ano a peça As Meninas Velhas, com direção de Tadeu Aguiar, texto, cenário e figurino do marido, Cláudio Tovar, quando toda a equipe foi diagnosticada com coronavírus. A colega Bárbara Bruno, filha de Nicette Bruno (1933-2020), chegou a ser intubada, mas já está curada e se recupera em casa.
“Fui a um teatro na semana passada. Assim que entrei, comecei a chorar, pela emoção de estar lá depois de quase dois anos”, conta. Agora vacinada e refeita do susto de ter testado positivo para a doença, Lucinha aguarda o fim da pandemia para retomar o trabalho. “Quando subirmos novamente aos palcos e as cortinas se abrirem, espero que elas nunca mais se fechem.”
Confira a canção "Hollywood" em Os Saltimbancos Trapalhões:
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