Record desmente diretor e diz que não negocia série polêmica sobre Os Trapalhões
Rafael Spaca afirma que se reuniu como diretor artístico da Record em setembro
Publicado em 21/10/2019 às 14:07
Ao contrário do que afirmou o diretor da série, Rafael Spaca, ao NaTelinha, a Record nega que esteja negociando os direitos de exibição da polêmica série Trapalhadas Sem Fim, produção que revela detalhes inéditos dos bastidores dos programas e filmes de Os Trapalhões.
Procurado sobre o desmentido da emissora, Rafael Spaca garante que se reuniu com o diretor artístico e de programação da Record, Paulo Franco, em setembro, junto com o produtor do projeto, Atilio Bari. A Record nega.
Em entrevista publicada nesta segunda (21), o diretor do documentário contou: “Abrimos conversa com a emissora, apresentamos uma proposta e agora estamos aguardando uma resposta, que sairá ainda este mês. A TV Record é uma grande emissora, seria incrível exibir lá".
Ainda ao longo da conversa com o site, Spaca explicou que chegou a negociar com o Canal Brasil, pertencente ao Grupo Globo, mas que as conversas não avançaram.
Essa é mais uma polêmica que envolve o documentário. Renato Aragão vem sinalizando que pretende entrar na Justiça para que Trapalhadas sem Fim não seja lançado. Na última quinta-feira (17), durante sua presença no Meus Prêmios Nick, em São Paulo, o humorista foi questionado sobre o projeto. “Estou tão feliz neste momento que não quero pensar nisso”, disse. Em seguida, sua esposa, Lilian Aragão, completou: “Só o advogado que fala”.
Produção tem 70 horas de material bruto
Trapalhadas Sem Fim é uma série em formato de documentário que conta a trajetória dos Os Trapalhões. Grupo de humor que conquistou os brasileiros por décadas na Globo.
A produção conta com 62 depoimentos num total de 70 horas de material bruto. Além de antigos funcionários do quarteto, diversos artistas participaram do documentário, entre eles Lucinha Lins, Supla, Tony Ramos, Caetano Veloso, Angélica, Fábio Jr, Christina Rocha e Ney Matogrosso.
“A mídia se interessa mais pelas polêmicas, é natural, mas a maior parte do material que pretendemos exibir é elogioso, justamente porque foi o maior grupo de humor da história. Não há nenhuma comparação, nem aqui e nem lá fora com o que eles fizeram” disse o diretor, na mesma entrevista.
Segundo Rafael Spaca, ele pesquisa sobre a história de "Os Trapalhões" há cerca de oito anos e a ideia de produzir o documentário surgiu depois de escrever dois livros sobre o grupo: "O cinema dos Trapalhões pra Quem Fez e Quem viu", em 2016, e "As HQs dos Trapalhões", de 2017.