Publicado em 27/02/2021 às 12:21:07
O No Limite voltará a ser produzido em 2021, o que será sua quinta temporada, após um hiato de 12 anos. O anúncio causou rebuliço na internet e é uma das apostas da Globo para depois do BBB21. Aproveitando a onda de sucesso dos programas de confinamento, por que não dar uma chance a alguns outros?
O NaTelinha recorda realities que podem não ter dado tão certo, desde uma Ilha da Sedução no SBT, que acabou não vingando, até um confinamento dentro de ônibus na Band, intitulado de Busão do Brasil.
Confira:
Em janeiro de 2010, o SBT escolheu o Solitários, comprado da Fox, para substuir Hebe (1929-2012) às segundas-feiras. Solitários tinha o objetivo de testar os limites humanos, seja físicos ou emocionais dos nove participantes postulantes ao prêmio de R$ 50 mil em barras de ouro.
Quem comandava o reality era Val, uma inteligência artificial que se comunicava com os participantes. Era ela o único contato que os participantes tinham com o mundo exterior. Isolado nas suas respectivas cabines, havia testes de força, raciocínio rápido, chegando ao limite da dor e do sono.
As gravações duravam cerca de 20 dias. A primeira temporada teve um perído de gravações maior que o previsto, diante da resistência dos participantes. Uma segunda temporada foi gravada depois da primeira, ainda no primeiro trimestre 2010, mas levada ao ar somente em 2011.
Embora o programa tenha feito sucesso nas redes sociais, o mesmo não se refletiu no Ibope: 7 pontos na primeira temporada e 5 na segunda. Quem sabe uma volta não seria bem-sucedida?
A Band também já tentou entrar neste mercado. Em 2010, a emissora lançou o Busão do Brasil com a apresentação de Edgar Piccoli. O formato foi inspirado no The Bus, da Endemol, e reunia 12 participantes confinados dentro de um ônibus que percorreu 11 estados no Brasil. O vencedor levava para casa R$ 1 milhão.
Quem venceu o prêmio milionário foi Mário, com 80,20% dos votos, superando Thalita Wagner (11,30%) e Camilla Fit (8,50%). No início do programa os 12 participantes começaram a viagem pela cidade de Fortaleza (CE). Durante três meses o ônibus do programa transitou por 11 estados do Brasil, percorrendo aproximadamente quatro mil quilômetros e parou ao todo em 16 cidades.
Em cada cidade que o ônibus estacionou, os participantes realizaram tarefas, provas e diversos passeios ao ar livre.
Muitas das atividades que foram feitas teve ligação com a cultura local, mostrando assim a diversidade dos costumes e das paisagens nacionais.
A última parada foi na cidade de São Paulo, na sede da Band. Muita gente nem lembra que esse reality existiu. Não teve uma segunda temporada. Será que agora em tempos de pandemia o formato daria certo?
Em 2004, após iniciar o discurso de que estaria rumo à liderança, a Record tirou Márcio Garcia da Globo e lhe deu um programa aos domingos à noite para concorrer com o Fantástico e Silvio Santos.
O reality Sem Saída misturava games com confinamento e acontecia em um casa estilo loft dentro da Record. E diferente de outras casas do gênero, esta não possuía área externa, nem festas internas. O público também não votava: eles se auto eliminavam de acordo com seu desempenho no jogo. Sempre que um participante era eliminado, entrava outro em seu lugar. Desta forma, a casa sempre permanecia com cinco participantes confinados.
Começou bem, mas logo caiu e o telespectador ficou desinteressado. Quem ficou sem saída, na verdade, foi a própria Record, que teve que tirar o programa do ar após sucessivas derrotas para Silvio Santos e a Globo.
Quem se habilitaria?
"Não resista. Assista". O slogan de Ilha da Sedução, alardeado por Silvio Santos, não deu certo. Com muita propaganda durante a“Casa dos Artistas, o reality tropical tinha uma missão: substituir o patrão à altura.
Comandado por Babi Xavier em 2002, o programa contava com quatro casais que iriam para uma ilha no Caribe onde passariam 15 dias, com 13 pessoas do sexo oposto, para fazer com que o parceiro traísse o outro.
Com estreia às 20h30, perdia de lavada para o “Fantástico”. Algumas semanas depois, mudou para às 23h por conter cenas fortes que seriam levadas ao ar. Deu alguns picos de liderança, mas nada que justificasse uma segunda edição.
Quase 20 anos depois, a Record planeja uma reality em uma ilha e Anitta protagonizou o seu próprio: Ilhados. Será que o Ilha da Segução faria sucesso hoje em dia?
É verdade que a Casa dos Artistas que fez sucesso entre 2001 e 2002 no SBT está impedida de voltar judicialmente por ser uma cópia do Big Brother. No entanto, alterações no formato poderiam validar uma possível volta um dia, não é mesmo?
O reality foi o primeiro de confinamento na história da TV brasileira, e foi o responsável também por abrir o caminho do Big Brother no país. A Globo apressou a produção de sua estreia, em virtude do sucesso que a adaptação de Silvio Santos teve.
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