Publicado em 04/07/2019 às 05:55:32
Com o advento do streaming e crescimento da TV a cabo, muito se falou sobre o crescimento da teledramaturgia brasileira. Há séries, novelas, telefilmes e minisséries sendo produzidas aos montes pelo país, mas nem isso foi suficiente para manter nomes consagrados da área empregados.
A lista de dramaturgos sem espaço é extensa e tem desde um vencedor de Emmy Internacional até um campeão de audiência.
A não renovação do contrato de Marcílio Moraes com a Record, antecipado pelo NaTelinha há mais de um mês, é apenas um dos muitos casos de autores que estão ficando fora do mercado.
Por isso, a reportagem listou cinco casos que se encaixam nesta situação; confira:
Considerado pela crítica um dos grande dramaturgos do Brasil, ele chegou a dividir com Janete Clair o status de número 1 da Rede Globo entre os anos 70 e 80. Responsável por produções como "O Casarão" (1976) e "Roda Fogo" (1986), ele deixou a Globo no início do século com destino à Record.
Na emissora de Edir Macedo, Lauro César escreveu três novelas em menos de dez anos. Ele estreou no canal com "Cidadão Brasileiro" (2006), "Poder Paralelo" (2009) e Máscaras "(2012). O fracasso de audiência da última trama, no entanto, acabou por marcá-lo como seu último trabalho na televisão.
Ao deixar a emissora, Lauro César chegou a ser recontratado pela Globo, onde iria produzir uma minissérie, mas o projeto não saiu do papel e, após um ano, o contrato se encerrou sem que ele produzisse nada.
Embora fora do mercado brasileiro, em 2019 o responsável por "Zazá" (1997) foi supervisor de texto de uma novela chilena.
O campeão de audiência das tramas da Record também está fora do mercado e sequer vive no Brasil. Santiago é o criador de fenômenos de audiência como a "Escrava Isaura" (2004), "Prova de Amor" (2005) e a trilogia "Os Mutantes" (2007-2009), ele não escreve uma novela desde 2011.
Após estourar com a trilogia de "Os Mutantes", Santiago acabou trocando a Record pelo SBT ao receber uma proposta financeira irrecusável. Na emissora de Silvio Santos, ele escreveu o remake de "Uma Rosa com Amor" (2010), baseada no original de Vincente Sesso.
No ano seguinte, o autor conheceria seu primeiro e maior fracasso. Alardeado como uma grande produção, "Amor e Revolução" afundou no Ibope com média de 4,76 pontos. A partir daí, ele não teve mais espaço no canal e deixou a emissora após o fim de seu contrato.
Atualmente, Tiago Santiago vive nos EUA e tenta emplacar um projeto de um filme de terror ao lado do diretor de "Os Mutantes".
Responsável por escrever a adaptação de um fenômeno mexicano para a Record, Boury não chegou a fazer sucesso, mas acabou ajudando a marcar uma geração de fãs de "Rebelde", novela teen e musical que foi ao ar em 2011 e ajudou a elevar para o estrelato nomes como Chay Suede e Sophia Abrahão.
A novelista já havia sido autora de "Alta Estação" (2006), uma espécie de "Malhação" da Record e, mesmo com uma única temporada, deu personagem forte e que serviu para destacar Andréia Horta, atualmente no casting principal da Globo.
O último trabalho de Boury não foi como titular, mas como colaboradora. Ela esteve na equipe que auxiliou Carlos Lombardi na novela "Pecado Mortal" (2013).
Carlos Lombardi, aliás, é outro na lista. Considerado o "rei das 19h" nos anos 90 e início dos anos 2000, ele foi o responsável pela criação de tramas icônicas como "Quatro por Quatro" (1994), "Uga Uga" (2000) e "Kubanakan" (2003).
Com um universo rapidamente reconhecido pelo público, devido a diálogos rápidos, todos os personagens bem humorados e uma sucessão de descamisados, Lombardi deixou a Globo em 2012, após ficar quase cinco anos sem emplacar nenhum trabalho. Sua última novela no canal foi "Pé na Jaca" (2007).
De mala e cuia para a Record, Carlos Lombardi foi apresentado com status de estrela, com direito a participar da coletiva da nova programação em 2013. No ar, escreveu aquela que ele próprio considera sua novela de maior prestígio, "Pecado Mortal", mas que acabou não vendo os elogios revertidos em números de audiência.
Em comum acordo, o novelista deixou a Record em 2017 e não emplacou nenhum trabalho desde então. Ele escreveu a minissérie em homenagem aos "Mamonas Assassinas" que pode ser produzida ainda em 2019, mas está sob risco por conta da crise da Ancine.
O ganhador do Emmy Internacional na lista é o que tem a carreira mais curta também. Logo em seu primeiro trabalho como titular, em 2012, João Ximenes Braga emplacou uma vitória e tanto com "Lado a Lado", escrita em parceria com Cláudia Lage.
A novela que ostenta uma das audiências mais baixas da história do horário das 18h, chocou boa parte dos brasileiros ao não apenas garantir uma indicação ao Emmy Internacional, mas ao derrotar a favorita "Avenida Brasil" (2012) e levar a estatueta.
Após este trabalho, o dramaturgo ainda assinou "Babilônia" (2015), parceria com Ricardo Linhares e Gilberto Braga. A novela acabou se tornando a pior média de audiência da história do horário das 21h, com média de 25,45.
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