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Guilhermina Libanio defende personagens LGBTQIA+: "Parte preciosa da sociedade"

Após emendar novelas na Globo, atriz é Pri, jovem lésbica cuja personalidade não está limitada à orientação sexual, em Tudo Igual… SQN, nova série brasileira da Disney+

"O audiovisual tem que contar as histórias dessas pessoas, não só baseada no 'Ai, eu sou lésbica'", diz Guilhermina Libanio - Foto: Divulgação/Disney+
Por Walter Felix

Publicado em 27/05/2022 às 06:37:00

Ser lésbica não é o único traço da personalidade de Pri, personagem de Guilhermina Libanio em Tudo Igual… SQN, série que estreou nesta semana no Disney+. Em entrevista ao NaTelinha, a atriz exalta a complexidade do papel, não limitado apenas à orientação sexual. Aos 24 anos e com duas novelas da Globo no currículo, ela também comenta a experiência de estreia em uma plataforma de streaming.

“Confesso que fiquei muito ansiosa. Tinha vindo de duas novelas, emendei uma na outra. Estava acostumada a um ritmo muito acelerado de trabalho. Percebi que eu teria que aprender a trabalhar em um outro ritmo”, comenta Guilhermina Libanio. Na Globo, ela fez Malhação: Vidas Brasileiras (2018) e Órfãos da Terra (2019).

Para a atriz, a principal diferença está no formato. “Novela é dramaturgia diária. Mesmo que se tenha todo cuidado do mundo – como as novelas brasileiras têm, porque são primorosas –, tudo precisa ser mais rápido. Seis capítulos por semana exigem a gravação de muitas cenas por dia.”

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“Série tem um ritmo de gravação mais parecido com o cinema. São menos cenas por dia, um trabalho de fotografia que toma mais tempo. Por outro lado, as séries também têm um tempo de espera maior, mais repetições da mesma cena… São rotinas e ritmos de trabalho muito diferentes, que exigem do ator de formas diferentes também.”

Guilhermina Libanio estreou na TV em Malhação: Vidas Brasileiras, como Úrsula, uma jovem vítima de gordofobia e bullying na escola. Em seguida, deu vida a uma estudante ativista e feminista, a Cibele de Órfãos da Terra.

Aos 24 anos, Guilhermina Libanio volta a ter 16 anos em Tudo Igual… SQN

Baseada no livro A Porta ao Lado, de Lily Trigo, a história de Tudo Igual… SQN é centrada em Carol (Gabriella Saraivah) e suas três melhores amigas. Pri é uma delas. A homossexualidade da personagem é só uma entre as características da adolescente de 16 anos. A intérprete defende não só a diversidade na tela, mas também por trás das câmeras, passando por roteiristas e diretores.

“Precisamos ter pessoas LGBTQIA+ no audiovisual porque elas existem. Temos que contar as histórias dessas pessoas, que querem da vida as mesmas coisas que a gente quer. Quando excluímos, não representamos, estamos perdendo uma parte muito preciosa da sociedade, pessoas e histórias incríveis”, acrescenta a atriz.

“O audiovisual tem que contar as histórias dessas pessoas, não só baseada no 'Ai, eu sou lésbica'. A história vai passar por isso também, porque essa é só uma das características daquele ser humano que você está mostrando.”

Após passar por Malhação, a atriz volta a dialogar com o público adolescente. “Uma das coisas mais legais que fazer série para jovem é justamente o público. Eles interagem, engajam, pesquisam sobre, querem saber quem vai ficar com quem, qual vai ser o desfecho… É muito gostoso receber esse carinho tão direto.”

“A audiência jovem absorve muito bem essa troca por ter suas questões representadas na tela. Além disso, quando você faz um projeto jovem, você também volta para quem você era quando tinha aquela idade. Eu tenho 24 anos, e a Pri tem 16.”

 

Atriz também estará em Fim, série do Globoplay inspirada em livro de Fernanda Torres

Em breve, Guilhermina Libanio também estará em Fim, série do Globoplay baseada no livro homônimo de Fernanda Torres. A direção é de Andrucha Waddington. Na produção, a atriz interpreta Samira, uma secretária executiva, e contracena com Ciro, personagem de Fábio Assunção. A personagem promete causar, segundo a atriz.

“Recebi o teste em 2019 e já quis muito fazer o papel. Li o livro no final da minha adolescência, em uma semana. Brinquei com minha empresária: 'Mesmo se for para ficar lá no fundo da cena, segurando uma toalha, eu topo'. Tivemos uma troca muito legal no set de gravação, com muita conversa e liberdade para se trabalhar. Foi muito especial.”




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