Bolsonaro enviou aliado para buscar paz com o STF; saiba quem

Neste domingo (25), a Avenida Paulista foi palco de um evento político marcado por tensões e promessas. O ex-presidente Michel Temer, enviado pelo também ex-presidente Jair Bolsonaro, desempenhou um papel crucial no cenário, atuando como mediador entre o chefe do Executivo e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Temer foi escalado para uma missão delicada: garantir que Bolsonaro não atacasse a Corte ou seus ministros durante seu discurso. A informação, divulgada pelo Blog da Daniela Lima no G1, revela a preocupação do ex-presidente com as consequências da manifestação.

+ Fátima Bernardes deixa a Globo após 37 anos; saiba por quê

+ BBB 24: Wanessa detona Bin Laden e explica voto no funkeiro: "Chupa pra quem?"

Segundo fontes ligadas ao STF, o ex-presidente Temer assegurou que Bolsonaro estava ciente dos riscos de um ataque às instituições. Em troca, o atual presidente e seus aliados se comprometeram a adotar um tom mais conciliatório e falar em "pacificação" durante o evento.

Bolsonaro manteve sua promessa, mas o pastor Silas Malafaia, idealizador e financiador do ato, surpreendeu ao atacar o ministro Alexandre de Moraes e a própria Corte em seu discurso no trio elétrico. O gesto gerou desconforto e repercutiu nos corredores do STF.

VEJA TAMBÉM

• Polêmica

  Telejornal da Globo diz que nazismo não é de extrema-direita; trecho é cortado no Globoplay
• Exclusivo

  Só com ESPN, Disney cobra caro para operadoras e gera reclamações e medo de apagão
• Entrevista exclusiva

  Cauê Campos, o Basílio de Garota do Momento: "Pela 1ª vez estou sendo visto como adulto"
• Acidente

  Roberto Carlos inventou o próprio especial na Globo

Internamente, os membros do STF avaliam que o evento na Avenida Paulista não altera a situação nos inquéritos. A investigação que apura um suposto plano de golpe para manter Bolsonaro no poder conta com evidências sólidas, incluindo a polêmica reunião golpista de julho de 2022 e mensagens de aliados.

Essa não é a primeira vez que Michel Temer é acionado por Bolsonaro em momentos de crise com o STF. Em 2021, após o ato golpista de 7 de setembro, o ex-presidente foi chamado para redigir uma carta de desculpas e elogios ao ministro Alexandre de Moraes. Na ocasião, Bolsonaro havia chamado o magistrado de "canalha" e ameaçado não cumprir mais determinações judiciais, o que gerou uma crise institucional.