Publicado em 20/02/2024 às 18:00:00
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tomou uma decisão ousada ao participar da ofensiva contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ). Além de descartar uma retratação, o Palácio do Planalto orientou seu corpo diplomático a reprovar a política do governo israelense em relação aos territórios palestinos.
A CIJ, a pedido da Organização das Nações Unidas (ONU), está analisando a legalidade das ocupações de Israel nos territórios palestinos, especialmente por meio de assentamentos na Cisjordânia. Hoje, a diplomata brasileira Maria Clara de Paula Tusco, representante do Brasil na CIJ, expressou a posição firme do país sobre o assunto.
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"A ocupação de Israel dos Territórios Palestinos, persistente desde 1967 e em violação ao direito internacional, bem como a numerosas resoluções da Assembleia Geral da ONU e do Conselho de Segurança, não pode ser aceita, muito menos normalizada pela comunidade internacional", afirmou a representante.
Diplomatas brasileiros argumentam que a política de ocupação israelense impõe uma espécie de apartheid, gerando segregação e dificultando a vida dos palestinos.
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Além da representação analisada pela CIJ, o governo brasileiro também endossou uma denúncia apresentada pela África do Sul, acusando Israel de genocídio. Em janeiro, o Palácio do Planalto declarou que há "flagrantes violações ao direito internacional humanitário" durante o conflito com o grupo Hamas.
No mesmo mês, a corte iniciou a análise da denúncia e determinou que Israel adote medidas para prevenir atos de genocídio na Faixa de Gaza. No entanto, o tribunal ainda não se manifestou sobre o tema central da denúncia: um pedido de suspensão imediata das operações militares israelenses na região.
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