Publicado em 14/08/2023 às 09:21:00
O PP lançou uma iniciativa para consolidar sua posição e expandir sua representação no Congresso Nacional, ao mesmo tempo em que busca garantir um ministério no governo Lula (PT). O foco principal do partido é o PL, liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Sob a liderança do ex-ministro bolsonarista Ciro Nogueira, o PP atualmente conta com 49 deputados, sendo a quarta maior legenda na Câmara dos Deputados. O plano do PP é atrair pelo menos três membros do PL e negociar com deputados de outras siglas menores, segundo informou a Folha. Com essa estratégia, o PP poderá se aproximar da União Brasil, que possui a terceira maior bancada, com 59 deputados.
O PL, atualmente, possui uma posição dominante com 99 vagas na Câmara. Entretanto, Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, enfrenta desafios para manter o grupo coeso. As crises internas na bancada têm resultado em votações importantes para o presidente Lula no Congresso, aumentando as divergências à medida que o bolsonarismo ganha força dentro do partido.
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Nesse contexto, o PP se apresenta como uma alternativa para abrigar dissidentes do bolsonarismo. O senador Ciro Nogueira é um opositor de Lula, mas o presidente da Câmara, Arthur Lira, outro líder importante do partido, adotou uma posição mais conciliatória em relação ao petista. A cúpula da legenda permitiu que seus membros negociem cargos e emendas com o governo, além de votar em projetos de interesse do Palácio do Planalto.
João Maia, deputado federal desde 2007 pelo Rio Grande do Norte, deverá trocar o PL pelo PP. Aliados afirmam que a permanência dele no PL tornou-se insustentável após ser informado por Valdemar que a presidência do PL no estado passaria para o senador Rogério Marinho, ex-ministro de Bolsonaro. Maia ocupou esse cargo por quase 20 anos.
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Para atrair o deputado, Ciro Nogueira ofereceu a ele o comando do partidono Rio Grande do Norte. Interlocutores indicam que Valdemar tende a permitir a saída de Maia, mas o caso deverá ser analisado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Maia faz parte da ala que apoia Lula na aprovação de pautas econômicas, um grupo que varia entre 20 e 30 deputados. Maia votou a favor do novo arcabouço fiscal e da Reforma Tributária.
Na última quinta-feira (10), o deputado se encontrou com o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais), responsável pela articulação política com o Congresso. Maia estava acompanhado do ex-deputado Beto Rosado (RN), que cederá a presidência do PP no estado a ele.
O partido de Lira também está em negociação com Yury do Paredão, deputado licenciado do PL, que apareceu em uma foto fazendo o gesto "L" em referência a Lula. Em julho, Valdemar se reuniu com Yury para comunicar sua expulsão do partido. Desde o início do ano, o parlamentar vinha recebendo críticas de colegas de partido por se aproximar do governo petista, posando para fotos ao lado de ministros e do próprio Lula, além de votar a favor de Lula em pautas econômicas e na reorganização dos ministérios — nesse último caso, apenas 8 deputados do PL apoiaram a proposta do Palácio do Planalto.
Yury também está sendo cortejado por outras siglas, como o MDB e o Republicanos. No entanto, líderes do PP esperam anunciar sua filiação após o fim da licença. Procurado, o deputado licenciado não quis comentar sobre seu futuro político.
O movimento bolsonarista dentro do PL tem gerado tensões entre as alas, e deputados até cogitam recorrer à Justiça para deixar o partido caso Valdemar não autorize a saída dos dissidentes. Além disso, por serem membros do partido, esses parlamentares enfrentam dificuldades para acessar ministros do governo Lula, mesmo aqueles ligados ao centrão.
Entretanto, a agremiação tem força suficiente para evitar uma grande debandada. Valdemar terá a maior parte dos recursos do fundo eleitoral no próximo ano. Além disso, ocupa a relatoria do Orçamento de 2024, o que também serve como moeda de troca.
Por essa razão, o PP tem buscado abordar aqueles que já demonstraram insatisfação. Esse é o caso de Samuel Viana (MG), filho do senador Carlos Viana (MG), que trocou o PL pelo Podemos no dia de sua posse no Senado, em fevereiro. Após a disputa com os bolsonaristas após a votação da reforma tributária, deputados trocaram ofensas em um grupo de WhatsApp, incluindo Samuel. Ele destacou que esse tipo de comportamento é um exemplo de "canibalismo político". "Revelar nomes, atacar o eleitorado de cada um para criar oposição? Isso, na prática, mantém e alimenta a desunião com tais atitudes", escreveu.
A pessoas próximas, o deputado tem afirmado que a promessa de Valdemar era a unidade da bancada nas pautas conservadoras, e liberdade na agenda econômica. Por isso, parlamentares de Minas Gerais já consideram como provável uma disputa entre Samuel e Valdemar pela desfiliação — uma situação que pode chegar à Justiça.
Em Goiás, o partido já permitiu a saída da deputada Magda Mofatto, que também recebeu autorização judicial para se desfiliar. Ela perdeu o comando da legenda no estado no ano anterior para o ex-deputado Major Vitor Hugo, que foi líder do governo Bolsonaro na Câmara. Magda, contudo, chegou a um acordo com o Patriota.
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