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O que dizem os áudios de Mauro Cid que jogam Bolsonaro no olho do furacão

Ex-presidente pode se complicar em novas investigações da PF


Bolsonaro e Mauro Cid em foto
Mauro Cid pode ter complicado Bolsonaro - Foto: Reprodução/Internet

Em uma gravação obtida pela Polícia Federal, Mauro Cid expõe informações que colocam em risco ele próprio e outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no contexto de uma operação que investiga a venda ilegal de presentes oficiais.

De acordo com reportagem do G1, o áudio revela três temas principais. Primeiramente, há menções a uma quantia de 25 mil dólares que supostamente teria sido destinada a Bolsonaro. Cid também aborda as tratativas para a venda de estátuas de palmeira e um barco folheados a ouro, que foram recebidos pela comitiva brasileira durante uma visita oficial ao Bahrein em 2019.

Além disso, no áudio, há referências a negociações visando o leilão de um dos kits recebidos na Arábia Saudita, o qual contém relógios e joias masculinas. A investigação aponta que a mensagem foi enviada por Cid ao assessor especial de Bolsonaro, Marcelo Câmara.

No áudio, Mauro Cid menciona que seu pai, o general Mauro Lourena Cid, estaria com a quantia de 25 mil dólares, que "possivelmente pertencem a Jair Bolsonaro", de acordo com a Polícia Federal. Cid expressa preocupação em utilizar o sistema bancário para entregar o dinheiro ao ex-presidente e sugere a preferência por entregar em dinheiro vivo, ou seja, "em cash".

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Cid falou sobre vendas e complica Bolsonaro

Cid relata que o plano era que seu pai entregasse o dinheiro diretamente ao presidente. Contudo, ele também considerava a opção de depositar na conta. Em suas palavras: "Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor né?" Marcelo Câmara responde por mensagem de texto: "Melhor trazer em cachê".

Na mesma conversa, Cid informa a Marcelo Câmara que não conseguiu vender nos Estados Unidos as esculturas de palmeira e o barco, que foram recebidos por Bolsonaro durante a visita ao Bahrein enquanto ele ainda era presidente.

Cid justifica que a operação de venda não foi concluída devido ao fato de que as peças não são inteiramente feitas de ouro maciço, apenas algumas partes possuem esse material. Ele menciona que estava tentando negociar com outro indivíduo, não identificado, e que precisava deixar a peça com esse homem para que ele pudesse fazer um orçamento.

Em seguida, Cid discute com Marcelo Câmara sobre um "kit" que seria leiloado em 7 de fevereiro de 2023. O áudio não detalha o conteúdo desse kit, mas, de acordo com a Polícia Federal, trata-se da caixa de joias masculinas recebida por Bolsonaro na Arábia Saudita, a qual o Tribunal de Contas da União (TCU) ordenou que fosse devolvida à União poucos meses após o recebimento.

"(…) o relógio, aquele outro kit lá vai, vai, vai pro dia sete de fevereiro, vai pra leilão. Aí vamos ver quanto que vão dar(…)", diz Cid.

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