Editada, A Favorita perdeu quase 70 capítulos em reprise na Globo

A reprise de A Favorita chega ao fim nesta sexta-feira (11) com 130 capítulos, 67 a menos que a versão original da novela. A trama de Flora (Patricia Pillar) e Donatela (Claudia Raia), exibida com 197 episódios entre 2008 e 2009, perdeu 34% de dias no ar na comparação entre a apresentação original e a reexibição.

Quando estreou, ventilou-se na imprensa que a novela seria reprisada praticamente na íntegra e só chegaria ao fim em 2023. No ar desde 16 de maio, a trama de João Emanuel Carneiro não chegou a completar seis meses no ar, enquanto, há 13 anos, permaneceu em exibição na Globo por sete meses e meio – de 2 de junho de 2008 a 17 de janeiro de 2009.

A queda não é tão significativa se comparada às três últimas reprises do Vale a Pena Ver de Novo. O Clone (2001) perdeu cerca de 26% da quantidade de capítulos, enquanto Ti Ti Ti (2010) caiu 33% e Laços de Família (2000) teve 28% menos episódios em relação à primeira exibição na Globo.

Em outros tempos, a tesoura da sessão era bem mais impiedosa. Basta lembrar que, nos anos 1990, Barriga de Aluguel (1990) retornou à programação quatro anos depois com menos 153 capítulos: 243 da exibição original contra 90 da reprise, uma redução de 63%.

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Cortes na reprise de A Favorita foram contidos, mas cenas marcantes ficaram de fora

Um fator precisa ser destacado: os capítulos que vão ao ar à tarde são mais longos que os originais – à exceção da primeira e da última semana, quando as tramas “dividem” o horário com reprise anterior ou com a sucessora. Logo, apesar de sofrer também alguns cortes, fatalmente a quantidade de episódios da reprise seria menor.

Por isso, as novelas das 18h têm tido menos capítulos quando exibidas no Vale a Pena Ver de Novo. Êta Mundo Bom (2016), que foi ao ar com 190 capítulos, voltou ao ar em 2020 com apenas 100, uma queda de 47%. Cordel Encantado (2011) perdeu 46% dos capítulos: teve 143 e caiu para 77 quando foi reprisada, em 2019.

A Favorita sofreu cortes pontuais, sem grandes prejuízos para o entendimento da trama. Nas redes sociais, houve críticas à eliminação de cenas marcantes, como aquela em que Flora chama Irene (Gloria Menezes) de “velha safada”. Contudo, outras mais pesadas, como a morte de Gonçalo (Mauro Mendonça) foram ao ar.

Alguns núcleos paralelos também passaram pela “tesoura”. Entre eles, o de Sabiá (Lúcio Mauro) e Fafá (Cláudia Missura), pai e irmã de Dodi (Murilo Benício) que chegam em meados da história. Algumas do núcleo de Triunfo, onde moram Catarina (Lilia Cabral) e Leonardo (Jackson Antunes), também não escaparam.