“Quando você se dispõe a ensinar, é como se você aprendesse de novo. Dar aulas requer que você tenha um domínio muito grande, então é algo que gosto porque me faz estar constantemente me aprimorando.”
Publicado em 15/06/2022 às 05:01:00,
atualizado em 15/06/2022 às 09:10:43
Sempre que está de cabelo curto, Claudio Heinrich é chamado de Dado nas redes sociais. A lembrança é ao personagem que o ator deu vida nos primeiros anos de Malhação – a segunda temporada, exibida em 1996, chegou recentemente ao Globoplay. Sinal de que os papéis a que deu vida há quase 30 anos seguem na memória dos fãs, mesmo o artista estando afastado das novelas há quase uma década.
Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, Claudio Heinrich nega que tenha abandonado a carreira de ator. Foi o que circulou na mídia em 2014, quando chegou ao fim o contrato com a Record – sua última novela na emissora foi Pecado Mortal (2013). Desde antes de sair do ar na TV, ele já conciliava a carreira artística com as aulas de jiu jitsu, paixão que, inclusive, descobriu durante o laboratório para viver o Dado de Malhação.
“Eu já tinha feito judô e taekwondo, mas conheci o jiu jitsu no laboratório para o personagem. Fiz aulas particulares e acompanhei a rotina de um professor do esporte”, conta ele, que hoje dá aulas particulares sem descuidar da carreira artística. “Nunca parei de ser ator. O que acontece é que fiz coisas que não tiveram tanta repercussão”, avalia.
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Um dos projetos mais recentes, o filme O Socorro não Virá, de Cibele Amaral, com previsão de lançamento para o segundo semestre. “Às vezes, coincidiu de aparecer até mais de um projeto, mas, com filho pequeno, fica difícil conciliar gravações em outros estados, por exemplo”, conta Claudio, que é casado com a produtora cultural Cláudia Colpo e pai de Karl, de 6 anos.
“Quando você se dispõe a ensinar, é como se você aprendesse de novo. Dar aulas requer que você tenha um domínio muito grande, então é algo que gosto porque me faz estar constantemente me aprimorando.”
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De volta no Globoplay, as primeiras temporadas de Malhação marcaram a estreia de Claudio Heinrich como ator. Passados mais de 25 anos, a experiência traz boas recordações a ele. “Foi um trabalho de muito aprendizado. Pude contracenar com meus ídolos. Eram atores que eu já via nas novelas e que viraram meus colegas de trabalho.”
Entre as principais lembranças está a de atuar com o veterano Francisco Cuoco, que fez participação especial na novelinha. “Uma das diversões dele era me fazer rir em cena. Numa dessas, resolveu comer sorvete em uma colher gigante, de servir a sobremesa, no meio da gravação… Ele fazia essas palhaçadas em sequências que não tinham nada de engraçadas, só para me ferrar, na camaradagem (risos).”
“Eram bastidores bem legais, de muito companheirismo. Um clima difícil de se repetir na televisão. Acho que, na época, eu não tinha noção de como era bom.”
Em seu perfil no Instagram, ele compartilha algumas de suas cenas em trabalhos dos anos 1990 e 2000. “Agora que estou ficando um velhinho, tenho muita nostalgia não só desses trabalhos como ator, mas também da época da Xuxa”, relata Claudio, que começou na década de 1980, como paquito da Rainha dos Baixinhos.
“Apesar de ser um conjunto musical e de dança, foi quando tive o primeiro contato com cinema. Foi a partir dali que desenvolvi o desejo de seguir na carreira de ator.”
Apesar da nostalgia com uma cena ou outra postada nas redes sociais, ele revela que não gosta de rever antigos trabalhos. “Consigo ver logo depois do momento em que faço, no ar, justamente para aprimorar minha técnica, ver o que tenho que melhorar. Depois de tanto tempo, não gosto de me assistir. É uma mania.”
Outro personagem muito lembrado pelo público é o Tatuapu de Uga Uga (2000), o herdeiro de uma fortuna, criado em uma tribo indígena. Um tipo diferente na carreira do ator. “Ele fugia totalmente da minha realidade, era inspirado no Tarzan”, recorda Claudio Henrich, que fez intenso laboratório para dar vida ao personagem.
“Se fizer um surfista, não vou trabalhar, não é? (risos) Seria praticamente como interpretar a mim mesmo. Com o Tatuapu, passei 15 dias no Xingu, aprendi a usar arco e flecha, a pescar, a usar canoa.”
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Uma reprise, como ventilada há poucos meses, cairia bem. “É um tipo de comédia que ainda é muito bem-vinda, mesmo sendo tão antiga, 22 anos… Meu Deus do céu! (risos) Mas acho que ali tem uma coisa de atemporal. O humor do Carlos Lombardi não fica marcado pelo tempo e conseguiria conquistar essa nova geração.”
Para Claudio, voltar às novelas é um desejo. “O teatro tem a resposta do público muito rápida, entre outras nuances. Também gosto de fazer cinema, mas vejo que o diretor é quem se diverte e aproveita mais a experiência. Agora, adoro fazer novelas, por conta da linguagem, do texto. Até a rotina das gravações é a que mais me agrada”, confessa.
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