Publicado em 06/06/2022 às 05:00:00,
atualizado em 06/06/2022 às 08:55:23
Lá se vão 45 anos desde que a Tupi levou ao ar o primeiro capítulo de Éramos Seis, quarta adaptação para a TV da obra de Maria José Dupré, dessa vez escrita por Sílvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, na estreia dos autores na televisão. Considerada uma das melhores novelas apresentadas pela emissora, o folhetim teve como destaque a produção apurada, a interpretação de Nicette Bruno como Dona Lola, a protagonista da história, e uma narrativa que conquistou o público.
Contudo, a novela demorou a atingir a audiência esperada pelo canal e alcançar a repercussão desejada. E o motivo para o duro começo tinha um nome: Locomotivas, a novela concorrente direta do folhetim no horário na Globo. A saída encontrada pela Tupi para não afundar na audiência foi mudar o horário de apresentação de Éramos Seis.
Ao invés de sete da noite, a trama começou a ser exibida 19h30 para que o público acompanhasse o folhetim, após assistir mais um capítulo da obra de Cassiano Gabus Mendes na Globo. Para anunciar a mudança de horário, a Tupi suplicou para que o público visse a novela depois de Locomotivas, publicando um anúncio inusitado nos jornais anunciando a mudança na grade.
"A Rede Tupi mudou a novela Éramos Seis para as sete e meia da noite. Assim você não perde as Locomotivas. Éramos Seis, a novela mais humana e comovente da televisão, a partir do dia 15 de agosto, vai começar às sete e meia da noite. A Rede Tupi mudou o horário para você não perder nenhuma das duas novelas de que você gosta. E o novo horário coincide com o início da segunda fase de Éramos Seis. Se por acaso você perdeu a primeira, não tem importância. A vida continua. Em cada capítulo da vida de Dona Lola você vai encontrar muito da sua própria vida", dizia a publicação, dois meses após a estreia da novela.
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Depois da súplica, o público atendeu aos pedidos da emissora e começaram a acompanhar, fazendo com que a trama tivesse seus números de audiência elevados e se tornando um sucesso do canal. Apesar da repercussão positiva, a autora do romance original, Maria José Dupré, não escondeu sua insatisfação com os rumos dos personagens na TV, que distanciava do que havia escrito em seu livro, principalmente sobre o adultério de Júlio (Gianfrancesco Guarnieri), marido de Lola.
“É demais! Sempre me culpei por ter criado a Dona Lola tão sofrida, agora o marido a desrespeita!", disse à época da novela. "Não me apresentem a aventura de Júlio, será demais para mim!", reforçou em outra ocasião.
Apesar dos problemas nos bastidores, Nicette Bruno se destacou na novela, tanto que foi eleita pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) a melhor atriz de televisão de 1977. O sucesso fez com que Silvio e Rubens Ewald também fossem contratados para escrever novelas na emissora carioca. Dezessete anos depois, o SBT fez uma nova versão da novela e, em 2019, foi a vez da Globo produzir uma releitura do romance.
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