Publicado em 13/05/2022 às 05:20:00,
atualizado em 13/05/2022 às 07:28:24
A partir do próximo dia 30, Bruno Fagundes voltará à tela da Globo como o Renan de Cara e Coragem, próxima novela das sete. O ator, que faz seu retorno aos folhetins após sete anos transitando entre teatro, cinema e streaming, parafraseia Andy Warhol, e diz que o futuro, onde todos terão seus 15 minutos de fama, chegou, mas que essa é uma reflexão complexa. "Por um lado, isso é incrível. É diverso, potente, democrático ver o mercado absorvendo, dando voz e oportunidade para pessoas advindas da internet. Acho incrível a variedade de perfis dominando o mainstream, ocupando espaços importantes. Isso é necessário", inicia, em entrevista ao NaTelinha.
"Em contrapartida, sinto que nosso critério mudou, e não sempre para melhor. Hoje não basta ser especializado em algo que você escolheu como carreira para ter sucesso e isso também tira oportunidades, também oprime. São dois lados da mesma moeda, que podem ser nocivos se não encontrarmos o equilíbrio entre as coisas. Acho, de verdade, incríveis as fábricas de biscoitos, as reboladas e os challenges. Mas não pode ser só isso. Particularmente, eu não abro mão do que escolhi pra mim. Sou altamente especializado no que eu faço. Estudo o fazer artístico diariamente há pelo menos 15 anos. Mas preciso jogar o jogo que faz essa roda girar, senão posso ser engolido e isso também não seria justo. Pensemos", completa.
Na trama de Claudia Souto, Renan é namorado e instrutor de Lou (Vitória Bohn) e coreógrafo residente da Companhia de Dança Aérea, de Olívia (Paula Braun). Cuidadoso com spoilers, Bruno adianta que o rapaz cruzará a linha entre mentor exigente, carrasco e amante. Vaidoso e perfeccionista, o dançarino vai exigir muito da amada nos ensaios e protagonizar cenas constrangedoras pelo ciúme doentio. Na contramão de alguns atores que preferem não se assistir por serem muito críticos, o filho de Antonio Fagundes afirma que vê todos os seus trabalhos. "Isso faz parte da evolução, é uma ferramenta de aprendizado. Não tenho nenhum problema com isso. Sou meu espectador mais atento", garante, aos risos.
A última novela do intérprete foi Meu Pedacinho de Chão (2014). Indagado sobre a exposição que uma obra da Globo traz, ele pontua que é importante encontrar o centro de tudo. "Entender que não sou nem o '10', nem o ‘0’ que alguns vão achar, mas algo em construção. Meu compromisso é com o Bruno de ontem e o que vem no pacote vou administrando. Mas é maravilhoso ver o trabalho atingindo um número grande de pessoas. Na verdade, estou ansioso para que as pessoas conheçam melhor meu trabalho. Quem não me viu no teatro nos últimos nove anos (e é muita gente), ou por acaso não viu meus filmes até hoje, ou não acompanhou as quatro temporadas de 3% [série da Netflix], não tem referência do meu trabalho no seu melhor momento, que é o meu melhor que posso fazer hoje. Tenho muita coisa para mostrar ainda. Não vejo a hora", vibra.
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Bruno Fagundes diz que, nas redes sociais, posta o que sente vontade de postar. Com mais de 120 mil seguidores no Instagram, o ator compartilha publicações que o inspiram, divulga trabalhos e registra o próprio dia a dia, tudo de forma espontânea. "Nesse momento, estou experimentando produzir mais conteúdo de moda, arte, atuação e lifestyle, porque quero engajar um potencial público novo que pode chegar com a novela. Estou trabalhando nisso. É um exercício laborioso. Vale lembrar que peguei a era da internet discada, uma época em que, quanto menos um ator se expunha, mais interessante ele era. Hoje essa linha entre o privado e público está totalmente borrada, praticamente apagada. Mas não criei uma persona online, nem vivo uma vida dupla. Faço de uma forma que é verdadeira pra mim, na medida que me faz bem", observa.
O intérprete de Renan em Cara e Coragem ainda afirma que não se importa em dar satisfações sobre a vida pessoal. "Não me incomodo. O que incomoda é a extrapolação do respeito, da individualidade e da liberdade de não dizer, se for o caso. Já sofri muito essa pressão da mídia em um momento da minha adolescência, tendo uma vida pública desde muito cedo. Isso é avassalador, assusta, eu me sentia muito pressionado e não há ninguém que possa te preparar pra isso. Mas hoje não me sinto mais assim", finaliza.
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