Publicado em 07/03/2022 às 07:31:00,
atualizado em 07/03/2022 às 10:36:22
Se hoje o mundo assiste com preocupação as ações da Rússia na invasão a Ucrânia, com muitos mortos, bombas e destruição sem fim, só uma coisa foi capaz de parar o país europeu no passado: As novelas brasileiras. Em várias ocasiões na história da nação liderada por Vladimir Putin, as obras produzidas pelo Brasil se tornou um fenômeno de audiência e angariou milhares de fãs na Rússia.
A primeira novela a parar o país europeu foi Escrava Isaura (1976). Por lá, a trama de Gilberto Braga, baseado no romance de Bernardo Guimarães, apareceu nos anos 1980 e foi logo conquistando o coração dos russos com a história da escrava branca mais famosa do mundo.
Por conta do sucesso da novela, o elenco viajou para o país para divulgar o folhetim, que marcou a nação não apenas pelo enredo, mas também por expressões que são usadas até hoje pelos povos. Confira outras tramas que parou a Rússia ao longo dos anos!
Uma nota do jornal O Globo em janeiro de 1996 informou que desde Escrava Isaura (1976), uma novela brasileira não fazia tanto sucesso na Rússia. Com o título Tropikanka, a trama com Herson Capri, Silvia Pfeifer e Victor Fasano havia se tornado líder de audiência no país, que também elegeu as jovens Carla Marins e Carolina Dieckmann como musas.
Por lá, o sucesso foi tanto que a novela foi substituída por Mulheres de Areia (1993), mantendo no ar o litoral brasileiro como cenário. Para pegar carona na fama da antecessora, a novela de Ivani Ribeiro (1922-1995) chegou às residências russas "Segredos de Tropikanka", segundo reportagem da Folha de S.Paulo, de agosto de 1996.
Ao substituir Tropicaliente na Rússia, Mulheres de Areia ganhou o nome de Tropikanka 2, fazendo referência a novela anterior como sendo uma sequência da história. Apesar das tramas não terem nada a ver uma com a outra a não ser a ambientação em uma cidade do litoral brasileiro, o folhetim estrelado por Gloria Pires causou.
Tanto que o presidente da época, Bóris Ieltsin, em campanha pela reeleição, mandou que fossem exibidos três capítulos seguidos da novela para o domingo do pleito, evitando que os russos viajassem e deixassem de votar em pleno feriadão.
Vendida para mais de 20 países, A Próxima Vítima parou a Rússia, sobretudo no último capítulo do folhetim, onde é revelada identidade do serial killer da história. Na ocasião, foi divulgado um final diferente do apresentado ao Brasil, para não estragar a surpresa.
Segundo o autor, Silvio de Abreu, a curiosidade dos russos com a novela foi até citada pelo jornal jornal New York Times, dos Estados Unidos. Além da Rússia, outros países não resistiram ao folhetim policial como Cuba, Estados Unidos, México, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela.
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Além das novelas que pararam a Rússia, outras tramas se passavam no país europeu, como O Rei dos Ciganos (1966) e alguns capítulos de Começar de Novo (2004). Em plena guerra na Ucrânia, será que a Rússia pararia o ataque por causa de alguma novela?
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