Entrevista exclusiva

Suely Franco comemora escolha de O Cravo e a Rosa para inaugurar novo horário: "Presente de Deus"

Atriz atribui o elenco afinado e o texto de Walcyr Carrasco ao sucesso da novela

Suely Franco está em edição especial de O Cravo e a Rosa - Divulgação
Por Taty Bruzzi

Publicado em 06/12/2021 às 05:30:00,
atualizado em 06/12/2021 às 11:02:37

Nesta segunda-feira (6), a Globo inaugura um novo horário de novelas e a escolha para a estreia foi O Cravo e a Rosa. Escrita por Walcyr Carrasco em 2000, esta é a quarta vez que o folhetim é reprisado na TV. Somente na emissora carioca foi exibida pelo Vale a Pena Ver de Novo nos anos de 2003 e 2014. Em 2018, foi a vez de a trama fazer parte da grade do canal Viva. Intérprete da Mimosa, Suely Franco vibrou com a notícia.

"Achei um presente de Deus a novela ir ao ar nesse momento, porque estou estreando um musical no teatro agora. Então, está tudo conspirando bem para mim", diz em conversa exclusiva com o NaTelinha. "E a personagem, a Mimosa, é um dos meus papéis que mais marcaram o público. Até hoje, as pessoas falam muito sobre ela comigo", revela.

A atriz atribui o sucesso da história  estrelada por Eduardo Moscovis e Adriana Esteves ao elenco afinado e ao belíssimo trabalho do autor. "Primeiro o texto do Walcyr Carrasco. Ele é um danado! Fico pensando como um homem que escreve 'O Cravo e a Rosa' também faz 'Verdades Secretas', um trabalho completamente diferente", observa. "Além disso, o elenco todo se dava muito bem e isso passa muito para o público", opina.

No folhetim, a personagem de Suely Franco era empregada de confiança na casa do banqueiro Batista (Luís Melo), e criou Bianca (Leandra Leal) depois que a mãe da moça, e da protagonista Catarina, morreu.

Das amizades que construiu com o elenco, a colega de núcleo é uma das recordações mais queridas, além de Ana Lúcia Torre, que interpretava a Neca. "Tive uma relação muito bacana com a Ana Lucia Torre. Ela é um doce de pessoa e, apesar de sermos rivais na história, a gente se dava muito bem. Também construí uma relação ótima com a Leandra Leal", fala.

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Atriz recorda tombo em cena que foi exibido no Vídeo Show

Com mais de 50 anos de carreira, o último trabalho de Suely Franco na TV foi a Marlene de A Dona do Pedaço, exibida em 2019.  Aos 82 anos, a atriz conta que nunca foi de se preparar para uma personagem.

"Eu não sou de fazer preparação para os trabalhos. Quando comecei na carreira não tinha escola de teatro, a gente fazia teatro com o que sentia em relação aos textos, e sigo assim até hoje", explica.

Suely Franco conheceu o ator Pedro Paulo Rangel, seu par romântico em O Cravo e a Rosa, há muitos anos, e a amizade de longa data contribui para que a Mimosa e o Calixto, seus respectivos personagens na trama, se dessem tão bem em cena.

"Eu e o Pedro Paulo já éramos amigos há muito tempo na época da gravação da novela, e somos até hoje. Na década de 60, ele me ensinou a dirigir. Já fizemos diversas peças juntos, somos muito ligados. Então, foi muito fácil fazer a ligação entre eles. Tivemos uma química muito boa e o público sentiu essa ligação", avalia.

Indagada sobre uma cena que tenha ficado marcada, a atriz é enfática ao recordar quando a doméstica perdia os sentidos. "As cenas em que a Mimosa desmaiava. Essa ideia do Walcyr [Carrasco] de fazer ela desmaiar era maravilhosa! Nunca tinha visto isso numa personagem. As pessoas ficavam esperando pelos desmaios dela", conta, rindo.

Já sobre os bastidores, Suely destaca um tombo que foi parar no Falha Nossa, quadro do extinto Vídeo Show. "O que mais me lembro foi o tombo que eu levei em cena, caí no meio da lama... Virou uma falha nossa no Vídeo Show, recorda.

A atriz diz ainda sentir o carinho do público. "Até hoje as pessoas falam comigo sobre a novela. Agora, todo mundo diz: 'vai voltar, vai voltar!'. O público está muito entusiasmado", observa.

Suely encerra a conversa garantindo que vai assistir à reprise. "Costumo assistir as novelas quando reprisam. Quando estou fazendo não consigo assistir nada", confessa.

"Não sei se sou tão crítica. Penso que poderia ter feito um pouco diferente ou, às vezes, penso que gostei de determinada cena, mas não sou muito crítica comigo e nem com os outros", garante.

"Meu trabalho é uma diversão e não sofrimento! Só sofro um pouco para decorar as cenas, não tenho facilidade. Agradeço muito a Deus por estar trabalhando até hoje", conclui.





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