Publicado em 08/10/2021 às 10:20:00,
atualizado em 08/10/2021 às 10:37:05
Neste ano completa-se cinco anos da morte de Domingos Montagner, o ator que dava vida ao protagonista de Velho Chico. Na trama de Benedito Ruy Barbosa houve luto e, ao mesmo tempo, correria para se gravar as cenas que restavam para fechar a história do horário das 21h, mas este caso emblemático não foi o único com morte repentina de artistas durante as gravações de uma produção. De Jardel Filho a Daniella Perez, os tipos de tragédia que obrigaram atores e atrizes a fecharem o ciclo em meio ao luto são muitos.
No caso de Velho Chico, restavam poucas cenas para serem gravadas, tanto que o ator foi ao Rio São Francisco para nada, numa espécie de despedida, ao lado da colega de cena, Camila Pitanga. Os dois sofreram com as águas do rio e ele fez tudo para salvar a atriz, mas não conseguiu ter a mesma sorte e acabou levado pelas correntezas, gerando aflição.
A programação da Globo e de outras emissoras acompanharam o caso durante praticamente todo o dia, mas o desfecho foi trágico. Horas depois, o corpo de Montagner foi encontrado sem vida aos 54 anos, em 15 de setembro. Mesmo assim, a novela seguiu com as gravações finais e a solução encontrada foi manter o personagem, mas sem que ele aparecesse, como se fosse a câmera que filmava outros personagens em cena. A homenagem valeu e a novela terminou com o elenco aplaudindo o protagonista morto.
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O protagonista de O Primeiro Amor estava no auge de sua carreira aos 42 anos e fazia muito sucesso no papel de mocinho da trama de Walter Negrão na faixa das 19h contracenando com Rosamaria Murtinho, no auge e considerada uma das grandes estrelas da emissora. Faltando 28 capítulos para a novela terminar, no entanto, o ator sofreu uma parada cardíaca e não resistiu.
A solução encontrada pela emissora à época foi substituir o ator para o mesmo personagem e quem deu vida ao protagonista passou a ser Leonardo Villar. Na sequência, o mocinho Luciano, vivido por Sérgio saia por uma porta, quando a cena foi congelada e uma narração explicava o ocorrido, do outro lado da porta, ele saía já com o novo ator e a história prosseguiu.
Outro ator que era considerado um dos mais importantes de sua geração, tanto que naquele ano estava com papel fundamental em Sol de Verão, escrita por Manoel Carlos. Na reta final da história, com 55 anos, ele sofreu um ataque cardíaco fulminante e não resistiu, fazendo com que o roteirista ficasse tão abalado que simplesmente não conseguisse continuar com a história.
Com isso, a Globo convocou Lauro César Muniz e Giafrancesco Guarnieri para escreverem juntos os 17 capítulos finais, já que o encerramento da trama foi antecipado. Heitor, o personagem vivido por Jardel não foi substituído neste caso, mas a dupla de autores solucionaram o desaparecimento dele justificando que teria feito uma longa viagem
A primeira tragédia de que se tem notícias em uma novela de Benedito Ruy Barbosa, já que ele era o autor de Vida Nova e tinha o ator no elenco, quando ele não resistiu à luta contra a Aids e acabou falecendo aos 32 anos. Lauro era um dos ícones da TV nos anos 80 e sofreu muito preconceito com a descoberta da doença que ainda era tratada com muita insegurança por ser recente.
Diferentemente do que fez em Velho Chico, o autor não manteve o personagem de Corona na história, mas seu personagem Manuel Victor teve de ter uma justificativa para simplesmente desaparecer. A solução foi dizer ao público que o personagem teve de fazer uma repentina viagem para Israel e, diante disso, seu plot foi deixado de lado.
Filha da autora Gloria Perez, a atriz era considerada uma espécie de aposta da Globo como o rosto para as próximas novelas da casa na década de 90 e começava a ganhar cada vez mais espaço. Ela, contudo, foi assassinada aos 22 anos durante as gravações da novela e, dias depois o crime foi elucidado: ela havia sido morta por seu colega de cena, o ator Guilherme de Pádua.
Enquanto o crime era investigado, por uma semana, os trabalhos de roteiro de De Corpo e Alma foram tocados por Gilberto Braga e Leonor Basseres, responsáveis por dar um fim aos personagens. Yasmin, vivida por Daniella, sumiu no capítulo 146 e o elenco e diretor fizeram homenagens à atriz, já a personagem foi fazer uma viagem de estudos. Gloria Perez retornaria uma semana depois ao roteiro e concluiria a historia.
Após trabalhar com Carlos Lombardi em Kubanacan (2003), Nair Bello foi convidada para estar com o autor em Pé na Jaca, mas ela acabou morrendo em abril daquele ano por falência múltipla de órgãos. A trama estava no começo das gravações quando a atriz de 75 anos entrou em coma e de lá não saiu mais, tendo gravado poucas cenas de sua personagem.
A solução encontrada pela Globo foi substituir a artista e regravar todas as cenas que Nair havia trabalhado. Para isso, a emissora convidou Arlete Salles, que deu vida à Fortunata e a trama foi ao ar já sem menção à atriz falecida.
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