Publicado em 16/08/2021 às 05:00:00
Nos Tempos do Imperador estreou na semana passada recheada de ansiedade por parte do público e por uma série de razões. A novela de Alessandro Marson e Thereza Falcão marca o retorno das tramas inéditas depois de um longo período de reprises provocadas por causa da pandemia da Covid-19. O folhetim conta com um charme diferencial em relação a outras que é o protagonista: Selton Mello.
Mas ao final da primeira semana da produção, o NaTelinha já mostrou o quanto Alexandre Nero vem se destacando no papel do vilão sórdido, Tonico. Mas mais do que simplesmente a aposta no vilão, desde o primeiro momento, a novela se mostrou interessante para o telespectador que tanto aguardou para conhecer a história tratada como continuação de Novo Mundo (2017).
Verdade seja dita, no entanto, é que Nos Tempos do Imperador praticamente só estreou. Afinal de contas foram ao ar apenas seis dos mais de 150 capítulos que serão exibidos na tela da Globo na faixa das 18h, o que representa menos de 5% do total. Ainda assim, é impossível negar as qualidades da trama e que fazem o público ter motivos para querer acompanhar a história.
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A trama escrita por Alessandro Marson e Thereza Cristina tem uma característica bastante rara de se ver ao longo da história da telenovela brasileira: é histórica, e no sentido literal da palavra. Isso porque a narrativa conta com personagens e acontecimentos reais, como é o caso de Dom Pedro II (Selton Mello), Tereza Cristina (Letícia Sabatella) e a Condessa de Barral (Mariana Ximenes).
Não será, portanto, estranho se o telespectador tiver uma espécie de dejavu enquanto acompanhar as sequências que serão exibidas na Globo. Isso porque, naturalmente, haverá momentos reais dentro da produção e, automaticamente, virá a lembrança automática de livros ou mesmo das aulas de Histórica nos Ensinos Fundamental e Médio.
Outra curiosidade que torna Nos Tempos do Imperador uma produção rara, na comparação com outras novelas exibidas no Brasil ao longo da história. Ela é tratada como uma espécie de continuação de Novo Mundo. Se a primeira história contava as aventuras de Dom Pedro I (Caio Castro), a nova história seguirá a vida do filho dele, inclusive com repetição de personagens, como Licurgo (Guilherme Piva) e Germana (Viviane Pasmanter).
Muito mais do que uma simples continuação de outra novela, assistir Nos Tempos do Imperador trará um adendo ainda mais interessante: ela pode ser a segunda parte de uma trilogia. E quem falou isso foram justamente os autores da história, Alessandro Marson e Thereza Falcão, em entrevista exclusiva ao NaTelinha, quando também falaram que Selton Mello pediu para viver o protagonista.
A produção das 18h também tem um charme que há muito tempo não se via na tela da Globo: é uma novela inédita. Em março do ano passado, uma semana antes de Nos Tempos do Imperador estrear, a emissora carioca decidiu suspender todas as produções dos Estúdios Globo, inclusive as novelas e, para preencher a grade, escalou reprises por tempo indeterminado.
Mesmo tendo ensaiado o retorno algumas vezes, o que se viu no horário das 18h foi uma sucessão de reprises. Neste período, foram exibidas Novo Mundo, que seria uma espécie de sala de estar da próxima, mas a estratégia não funcionou, Flor do Caribe (2013) e, mais recentemente, A Vida da Gente (2011). Não à toa existe uma imensa expectativa na nova produção pelo ineditismo que todos queriam.
Fora da teoria, e já pensando na prática das telenovelas, Nos Tempos do Imperador tem algo que deveria fazer o telespectador se interessar em acompanhar os capítulos restantes - e são muitos. É uma trama que se mostrou muito bem amarrada nesta primeira semana e que não vai se escorar apenas em fatos históricos e sem nenhum didatismo.
Enquanto a trajetória de Dom Pedro II e suas duas mulheres começa a ser delineado com calma, assim como acontecimentos reais, a mocinha da novela já ganhou espaço. Os autores criaram Pilar (Gabriela Medvedovski) para viver a grande história de amor da produção, ao lado de Samuel (Michel Gomes). Ou seja, é uma novela tecnicamente muito bem pensada.
Carlos Lombardi, tradicional autor brasileiro, costuma dizer que novelas se sustentam por algo básico: bons personagens. Mas de nada adiante personagens bem escritos se não forem defendidos com competência e isso Nos Tempos do Imperador tem de sobra. O elenco da produção foi muito bem escolhido e, ao menos na primeira semana, conta com composições bem feitas e atores e atrizes à vontade em seus papéis.
Dito isto, é importante fazer um adendo importante: Que novela brasileira pode contar com Selton Mello? Fora desse tipo de produção desde 2000, quando terminou Força de um Desejo, o ator finalmente aceitou retornar e para um papel icônico, ninguém menos que Dom Pedro II, o último Imperador do Brasil. E, a tirar pela primeira semana, o artista está completamente à vontade no papel.
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