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Continuação de O Auto da Compadecida chegou a ser cogitada; confira 5 curiosidades

Filme com Matheus Nachtergaele e Selton Mello é o cartaz de hoje (6) na Sessão de Sábado

O Auto da Compadecida marcou a carreira dos atores Selton Mello e Matheus Nachtergaele - Foto: Reprodução
Por Walter Felix

Publicado em 06/02/2021 às 14:15:00

O Auto da Compadecida é o cartaz de hoje (6) na Sessão de Sábado, na Globo. O filme de Guel Arraes, inspirado na peça de Ariano Suassuna (1927-2014) e protagonizado por Matheus Nachtergaele e Selton Mello, está em sua enésima reprise na TV, mas segue cativando a audiência mais de 20 anos após seu lançamento.

O longa é uma adaptação do espetáculo teatral homônimo escrito em 1955, encenado pela primeira vez um ano depois. Em 1999, a Globo negociou com Ariano Suassuna a adaptação para o formato de minissérie. No ano seguinte, editada em filme, a produção chegou às telonas, repetindo o sucesso da televisão.

Confira, a seguir, cinco curiosidades sobre O Auto da Compadecida:

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Aval de Suassuna

Na adaptação em quatro capítulos, Guel Arraes propôs a Ariano Suassuna que pudesse acrescentar no texto cenas de outras de suas peças, como O Santo e a Porca e Tortura de um Coração. O diretor também incluiu referências ao clássico Decamerão, de Boccaccio. O dramaturgo paraibano concordou e aprovou o resultado final, que ele só viu quando foi ao ar.

Continuação teve piloto escrito, mas não saiu do papel

Arraes pensou em fazer um spin-off após o estrondoso sucesso. A série se chamaria As Peripécias de João Grilo e Chicó. "Chegamos a escrever um piloto. Era muito engraçado. Só que não tinha essa dimensão. Era mais uma comédia regional. Era uma coisa fácil de fazer. A gente ia ganhar dinheiro. Mas não levamos adiante. Para honrar esse legado tinha que ser uma coisa mais ambiciosa", revelou no ano passado, em entrevista a Cristina Padiglione e Mauricio Stycer.

Bateu novela das oito e todos os filmes brasileiros de 2000

Com 100 minutos a menos que o tempo total da minissérie, o longa-metragem também teve uma trajetória bem-sucedida. Enquanto a versão da TV foi campeã de audiência em sua primeira exibição, à frente até da então novela das oito, Suave Veneno (1999), o filme foi o título brasileiro mais visto em 2000, levando 2,1 milhões de pessoas aos cinemas.

Entra e sai de cena

Entre as adaptações feitas no texto original da peça, saiu de cena o Palhaço, que narrava a história. Já a personagem Rosinha, interpretada por Virginia Cavendish, filha de um poderoso local e alvo da paixão de Chicó, era apenas citada na obra de Suassuna e ganhou um grande espaço na versão televisiva e cinematográfica.

Campeão de reprises

A história também figura entre as mais reprisadas pela Globo. A primeira apresentação do filme foi no Festival Nacional, em 2002. Nos anos seguintes, tornou-se clássico da Sessão da Tarde, com reapresentações constantes. A minissérie também passou no Viva, em 2012, e voltou à grade da Globo em comemoração a seus 20 anos, em janeiro de 2020, com imagem remasterizada. Também está disponível no Globoplay.



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