“Precisamos desenvolver uma publicidade consciente.”
Marluce Cavalcante - diretora jurídica do SBT
Publicado em 11/04/2024 às 14:56:00,
atualizado em 11/04/2024 às 16:12:41
O NaTelinha, em parceria com o jornalista James Ackel, promoveu na noite da última segunda-feira (08) o 2º Fórum de Televisão Aberta, que discutiu a publicidade infantil no setor. O evento ocorreu na Assembleia Legislativa de São Paulo e contou com a presença de importantes executivos do audiovisual e representantes de organizações relevantes. Durante os debates, houve um consenso da necessidade de mudanças pelas dificuldades de produzir conteúdo para as crianças diante de tantas restrições comerciais.
“O 2º Fórum Brasileiro de Televisão representou um marco significativo, abordando um tema extremamente delicado: a publicidade infantil na televisão aberta. Profissionais de elevada competência técnica, empenhados em solucionar essa questão, discutiram estratégias para que os anunciantes voltem a todo vapor para dar um vigor na TV aberta”, avaliou James Ackel.
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Participaram: Bruno Zanoni e Giuliano Sesso (Canais Stenna), Marianne Castro (Aquisições e Distribuição de Conteúdo do Grupo Bandeirantes), Talita Sabatini (Associação Brasileira de Licenciamento de Marcas), Ana Carolina Pescarmona (ABA - Associação Brasileira de Anunciantes), Rodrigo Paiva (Diretor da ABRAL e conselheiro do CONAR), Luiz Werneck (sócio do escritório Inglez Werneck e ex-conselheiro do CONAR), João Camilo Jr. (Diretor de relações institucionais e assuntos regulatórios do SBT e conselheiro da ABERT) e Marluce Cavalcante (Diretora jurídica do SBT).
As emissoras Globo, Record e RedeTV! foram convidadas a enviarem seus representantes, mas responderam que não poderiam participar por questão de agenda.
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“Atualmente, não existe uma proibição da publicidade infantil. O que temos é um ativismo muito forte por parte de ONGs e organizações da sociedade civil, o que me leva a questionar se realmente representam a sociedade civil, pois de alguma forma atuam para coibir, proibir e banir a publicidade direcionada não só para crianças, mas de forma geral. Se pegarmos algum regulamento em relação à publicidade infantil e retirarmos o excesso de cores, músicas lúdicas, personagens… eu pergunto: o que sobra?”, explicou João Camilo Jr, do SBT.
Para o executivo Bruno Zanoni, o fórum de TV foi de extrema importância para discutir o assunto da publicidade infantil. “As restrições impostas acaba por impedir o próprio fomento. Na TV a cabo, observa-se pouca produção brasileira. Por quê? A produção voltada ao mercado infantil quebrou. Isso provocou o fechamento de um ecossistema inteiro. As marcas começaram a recear a associação com o conteúdo infantil. Sem marcas, não há investimento; sem investimento, não há produção”.
Ana Carolina Pescarmona, da ABA, afirmou que acredita na autorregulação. “Já somos regulados e há uma lei federal que autoriza a publicidade infantil. Atualmente, contamos com mecanismos de controle para a autorregulação publicitária. O CONAR criou um anexo específico para tratar da publicidade infantil, visando proteger as crianças de abusos. A publicidade é parte integrante da atividade econômica e contribui para a formação das crianças. Privar elas da publicidade é também privá-la dos valores e da informação, e que não seria interessante nem é bom para as crianças."
“Precisamos desenvolver uma publicidade consciente.”
Marluce Cavalcante - diretora jurídica do SBT
No evento, houve um entendimento entre os participantes de se rediscutir as regras que hoje norteiam a publicidade no CONAR (Conselho Nacional Auto Regulamentação Publicitária). “Desde a instituição dessas normativas, o mundo e o mercado sofreram transformações significativas. Na minha concepção, a solução adotada revelou-se excessivamente rigorosa em relação ao problema que se pretendia sanar, resultando em consequências prejudiciais ao invés de curativas”, disse Sandro Nascimento, diretor de jornalismo do NaTelinha.
Atualmente, entre as grandes redes de televisão aberta comerciais, apenas o SBT e a Band mantêm programas destinados ao público infantil, como Sábado Animado e Lucas Toon, bem como Band Kids. Todas as emissoras demonstram interesse em investir nesse segmento; contudo, essa situação evidencia a necessidade de flexibilizar as regulamentações vigentes. Talita Sabatini, autora do artigo "Desvendando a publicidade infantil do Brasil: Separando fatos de ficção" junto com Marici Ferreira, da ABRAL, publicado pelo site em fevereiro deste ano, disse: “Eu tenho um filho de seis anos de idade. Se eu tirar a publicidade infantil dele, o que ele vai ver? Vai ver publicidade de carro. Vai ver outros tipos de publicidade que não são direcionadas e são menos responsáveis. Se a gente proibir, tem o impacto econômico, tem o impacto psicológico nas crianças e tem diversos impactos se a gente analisar. Inclusive no setor”. Fabrício Falcheti, fundador e CEO do NaTelinha, elogiou o alto nível do debate no fórum com pessoas especializadas no assunto: “A apresentação foi uma verdadeira lição sobre legislação da publicidade infantil. Tive a honra de o NaTelinha iniciar esse debate sobre a mudança da atual regulamentação. Aqueles que defendem o término da publicidade infantil também estão, indiretamente, apoiando o desemprego no setor e a exposição das crianças a conteúdos inapropriados para elas. É necessário cessar essa hipocrisia e enfrentar o problema diretamente. O que será da TV no futuro?" E concluiu: “Por que não pode haver uma criança promovendo o consumo de frutas enquanto o programa realiza uma ação promocional de supermercado? Sou pai e entendo que aprender a dizer ‘não’ é parte do desenvolvimento da autonomia da criança”. Em breve, o NaTelinha anunciará o próximo tema do 3º Fórum de Televisão Aberta. Vilã não morreu Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel Estreou na TV aos 7 Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web MDA 2024 Fim de ciclo Descontos do ano! MDA 2024 MDA 2024 MDA 2024 A lista dos vencedores Prestígio Bilhões Novidade Classe Média Sucesso Pioneirismo Novidade Recluso Novidade Novidade Custos elevados Halloween Guerra