Publicado em 04/02/2022 às 06:13:26,
atualizado em 04/02/2022 às 07:40:41
O chefão do Globoplay, Erick Bretas e responsável por aprovar projetos como o Caso Celso Daniel, foi a eventos anti-Lula e contra o PT. No início de 2018, ele não apenas esteve presente na manifestação organizada pelo MBL - Movimento Brasil Líder - como fez questão de divulgar em suas redes sociais. Além disso, o executivo também fez posts defendendo o impeachment de Dilma Rousseff, em 2015.
O NaTelinha teve acesso a uma postagem do grupo de direita no Facebook, organizando um evento para o dia 3 de abril de 2018 com o título "Ou você vai, ou ele volta". A frase é uma expressão pedindo para a população ir às ruas a fim de evitar que Lula voltasse à presidência. Naquele período, o petista liderava as intenções de voto com mais de 40% dos votos, segundo o Datafolha.
Além de compartilhar a postagem em seu perfil, Erick deu a letra do que pensava à época. "Vamos", escreveu. O chefão do Globoplay esteve presente, inclusive divulgou imagens dele próprio na manifestação. Lula acabou sendo preso quatro dias depois do protesto e só foi solto após o STF decidir que prisão em 2ª instância é inconstitucional. Pouco depois, o petista viu todas as sentenças anulados pela Justiça, que considerou o juiz Sergio Moro como suspeito, após vazamento de conversas dele com membros do MP.
Além de convocar seus seguidores para o ato "Ou você vai, ou ele volta", falando de Lula, o chefão do Globoplay, em 2015, foi taxativo em apoiar o impeachment de Dilma Rousseff. Em seu perfil no Facebook, ele chegou a substituir sua foto de exibição por uma em que se lia "Game Over". Em outro momento, ele convocou a população a protestar pelo impeachment escrevendo a frase "Get up, stand up".
Em resposta à reportagem, o Globoplay negou que Bretas tenha participado de manifestação contra Lula, mas que ele teria ido a protestos contra a corrupção, organizado por diversas entidades da sociedade civil.
Bretas foi o responsável pela implementação do Globoplay no Brasil, já que era o executivo de mídias digitais do Grupo Globo em 2015, após ter ficado pouco tempo no cargo de diretor executivo de jornalismo. Mas justamente em abril, período da manifestação do MBL, ele sequer morava no Brasil e era responsável pelos negócios digitais da emissora no Vale do Silício, nos EUA.
A plataforma de streaming da Globo entrou em contato com a reportagem, por meio da assessoria de imprensa, para negar que o executivo e o próprio Globoplay sejam antipetistas. Em parte da nota enviada (leia abaixo na íntegra), ela afirma que o NaTelinha já produziu uma reportagem mostrando que profissionais da Globo ficaram desconfortáveis com o documentário Caso Celso Daniel, em pleno ano de eleições, e acusa o site de não citar um único nome. NaTelinha, assim como o próprio Grupo Globo, segue a linha editorial protegida pela Constituição, que garante o sigilo de fontes e reafirma as informações contidas na reportagem.
Ainda na nota, o Globoplay afirma que não houve envolvimento da plataforma ou de Erick Bretas na produção do documentário. Mesmo assim, a assessoria faz questão de afirmar que a produção tem sido elogiada por vários segmentos da sociedade. Não é o que se vê nas redes sociais do chefão do serviço de streaming.
No Twitter, o próprio Bretas teve de responder diretamente a críticas pelo lançamento do filme num ano eleitoral. Além disso, tanto ele quanto a Globo foram acusados de partidarização para as eleições de 2022.
Segue a nota do Globoplay na íntegra sobre a reportagem
"O site Na Telinha e o repórter Daniel Cesar têm um histórico de publicar informações falsas e especulações sem fundamento sobre o Globoplay. Este é mais um exemplo. Antes mesmo do lançamento da série, o site já especulava sobre supostas reações negativas de artistas e jornalistas sem citar um nome sequer. Ainda assim, é necessário esclarecer ao público que as manifestações de que o diretor de Produtos e Serviços Digitais da Globo Erick Brêtas participou no passado foram contra a corrupção, convocadas por diversas entidades da sociedade civil. Quem força uma conexão entre aquelas manifestações e candidatos a presidente é o site Na Telinha. Nem Brêtas nem nenhum funcionário da Globo se envolveram na produção de O Caso Celso Daniel. Desde a estreia no Globoplay no último dia 27, O Caso Celso Daniel tem sido amplamente elogiado pelo tratamento equilibrado das informações, pelo respeito à memória do ex-prefeito assassinado e pela qualidade da produção. Quem assiste ao documentário, em sua esmagadora maioria, reconhece a seriedade da obra."
Nota: O jornalismo questionador é uma marca do NaTelinha. Ao invés de apenas esclarecer a participação do seu principal executivo numa manifestação política e até que ponto isso pode influenciar nas decisões da empresa, o Globoplay opta em atacar o jornalista Daniel Cesar e solicita que ele abra suas fontes. A reportagem apenas se apega aos fatos. É de conhecimento da sociedade que as manifestações ocorridas na época citada na reportagem eram contra o PT.
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