Repórter da Globo esfaqueado conta detalhes do ataque

Nesta segunda-feira (25), a equipe da Polícia Civil do Distrito Federal, que investiga o ataque de dois homens ao repórter da Globo Gabriel Luiz, foi até ao Hospital Brasília, no Lago Sul, local em que o jovem está internado para colher depoimento da vítima. O delegado Petter Ranquetat, da 3ª Delegacia de Polícia, do Cruzeiro, contou o que Gabriel revelou para a investigação.

"Ele recorda que esses dois elementos teriam se aproximado dele e que ambos teriam, antes de qualquer agressão, teriam mencionado 'acabou' ou 'perdeu'. Gabriel não recorda exatamente qual palavra foi e que no momento seguinte, logo depois, começaram as agressões com faca", afirmou o delegado.

"O Gabriel narrou que, pela quantidade de facadas, eles tinham o intuito de matá-lo. Mas os fatos, a conjugação do com a subtração, é latrocínio tentado", completou. Com o depoimento do jornalista, a Polícia Civil concluiu a investigação sobre o crime e qualificou o caso como latrocínio tentado, já que os suspeitos tentaram matar o repórter após roubá-lo. Além de Gabriel, outras 16 pessoas foram ouvidas. 

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Relembre ataque ao jornalista da Globo Gabriel Luiz

O funcionário da Globo foi esfaqueado por dois homens no dia 14 de abril, perto do prédio onde mora, sendo atingido no pescoço, no abdômen, no tórax, na perna, no estômago, no pulmão, no pâncreas, além de outras partes no corpo. Ao todo foram dez facadas.

José Felipe Tunholi, de 19 anos, confessou ter esfaqueado Gabriel Luiz, com a ajuda de um adolescente de 17 anos. O jovem está preso na cadeia da Papuda, enquanto o menor está em uma unidade de internação para menores infratores. Já Gabriel permanece internado, após passar por diversas cirurgias. Na última terça-feira (19), ele recebeu alta da UTI e foi para um quarto, onde se recupera bem.