Publicado em 06/02/2022 às 09:20:45
Em quase 57 anos no ar, a Globo já teve problemas jurídicos com alguns famosos que desempenharam suas funções na emissora, mas que, depois do rompimento de contrato, processaram o canal, sob as mais variadas justificativas. No passado, a empresa tinha diversas formas de vínculos de trabalho com seus funcionários, principalmente os que apareciam na tela. Muito deles questionaram o modelo empregatício da emissora e entraram na Justiça com ações para reaver perdas que tiveram como direito no tempo em que eram empregados.
Recentemente, o jornalista Lair Rennó entrou com um processo trabalhista contra a Globo e está cobrando salário substituição referente aos seis anos em que apresentou o Encontro durante as férias e folgas de Fátima Bernardes do programa. De acordo com o documento ao qual nossa reportagem teve acesso, a titular da atração se ausentou por 200 dias no período entre 2014 e 2019. O auto destaca que, somente em 2018, Fátima Bernardes ficou 50 dias afastada de seu programa, deixando 37 edições do Encontro sob o comando de Lair Rennó.
A ação alega que a Globo sonegou todos os direitos previdenciários do apresentador ao trocar o contrato dele inicial como empregado CLT por pessoa jurídica (PJ), em 2014, justamente quando o esquema de substituição descrito no processo começou, e pede o reconhecimento de vínculo como funcionário. Confira outros famosos que processaram a emissora ao longo dos anos!
Dispensada da Globo em 2017, após o término de seu contrato e colocando um ponto final a uma parceria de 27 anos, Carolina Ferraz ingressou com uma ação trabalhista contra sua antiga empregadora. A atriz, que teve como última novela na casa Haja Coração (2016), pleitou direitos de funcionária, pois seu contrato era de PJ (pessoa jurídica), em uma demanda que ocorreu sob segredo de Justiça.
Desta forma, a atriz buscou receber férias, 13º salário, FGTS e demais direitos, como a rescisão de seu vínculo, que qualquer trabalhador de carteira assinada tem.
Dispensada pela Globo após o fim do seu contrato em 2016, Maitê Proença também entrou com um processo contra a emissora. A primeira audiência aconteceu em 2018, na 54ª Vara do Trabalho do Rio. O processo correu em segredo de Justiça, mas o valor inicial pedido é de R$ 500 mil de indenização trabalhista, que pode aumentar.
Maitê Proença deixou a Globo após 37 anos e descobriu isso pela imprensa. De acordo com a atriz, enquanto era contratada, recebia um salário base e tinha um adicional quando era escalada para alguma produção na Globo. Além disso, tinha sempre que pedir para fazer um filme, comercial ou peça de teatro. Seu último trabalho na emissora foi na novela Liberdade, Liberdade, na faixa das 23h.
A novela Dancin’ Days (1978) conquistou recordes de audiência e liderança na TV paga quando passou pelo Viva, em 2014. Mas quem não gostou nada dessa reprise foi Sonia Braga. A protagonista da trama de Gilberto Braga processou a Globo, responsável pelo canal pago, cobrando na Justiça o pagamento de direitos autorais conexos pela reprise.
Sônia entrou com uma ação na 10ª Vara Cível do Rio cobrando indenização, uma vez que a novela foi ao ar sem que a rede lhe pagasse os direitos de imagem, em valores atualizados. A atriz esteve junto com outros artistas, liderados por Antônio Fagundes, que dizem que o Viva é um canal à parte da Globo e, mesmo pertencendo ao grupo, deve remunerar os atores pelas exibições.
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Carina Pereira, ex-apresentadora do Globo Esporte, da Globo Minas, deixou a emissora em janeiro de 2021 e, na época de sua demissão, fez um desabafo nas redes sociais, revelando ter sofrido assédio moral por parte de seu chefe. Pouco mais de um ano depois, a jornalista está processando a antiga empresa e os valores pedidos na Justiça somam R$ 570.284,55.
O NaTelinha teve acesso com exclusividade ao processo e descobriu que, além de assédio, a ação é movida por diversos outros motivos, como acúmulo de funções, horas extras, adicional noturno, feriados, abono e participação nos lucros. Nos quase oito anos em que foi funcionária da Globo, a jornalista alega ter cumprido as funções de redatora, repórter, setorista e apresentadora, pedindo que a emissora seja condenada a remunerá-la pelo exercício de todos esses cargos.
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