Publicado em 25/06/2021 às 09:33:45,
atualizado em 25/06/2021 às 10:00:13
Evandro Santo, conhecido como Christian Pior no extinto Pânico na TV (2003-2011) e na Band (2012-17), falou sobre sua luta contra as drogas. Ele caminha para a quinta internação. Em sua conta no Instagram, o humorista desabafou na noite dessa quinta-feira (25).
"Assumindo o BO. Saindo do armário do meu problemas com drogas. Que este vídeo te ajude a também a lidar com os seus problemas ou sua saúde mental! É preciso coragem para pedir ajuda, é preciso ser humilde, é preciso quebrar o véu da ignorância que nos cercam. Ser um adicto não é o fim...pode ser o começo de uma vida nova", escreveu.
Santo relatou a dificuldade em falar do assunto e se apresentou: "Eu sou o Evandro, tenho 46 anos e sou um adicto em recuperação. A adicção é uma doença que pode surgir com compulsões e pode evoluir através de sexo, comida, drogas, no meu caso são as drogas".
"Sinto muito informar a vocês, mas essa doença não escolhe nível intelectual, não escolhe nível social, não escolhe se [você] é bonito ou se é feio. É uma doença, ela está espalhada em todas as classes sociais", acrescentou ele.
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"Eu tive uma adolescência bem tranquila, na verdade. Eu estava mais interessado em fazer balé, fazer teatro, pagar minhas contas. Eu já era gay, filho de mãe solteira, mexer com drogas não estava nos meus planos, eu sabia que isso poderia me derrubar a caminho da minha sobrevivência. Eu não fumei maconha, eu não bebi, não cheirei, não usei loló. Todas as minhas loucuras fiz de cara limpa", bradou.
Evandro revelou que bebeu pela primeira vez aos 25 anos de idade, no Rio de Janeiro. Depois, foi para o ecstasy. "Parecia tão moderno, tão crível, reluzente, ele estava andando com os caras mais bacanas da balada. Eu pedi, falei: 'Eu quero tomar'. Eu tinha 29 anos. Tomei o primeiro ecstasy e foi aquela maravilha. A gente vai falar que é ruim? Não, a gente não pode mentir. É bom, no começo é muito bom".
Depois, foi apresentado à ketamina, que também não gostou. "Só que eu fui ficando mais velho e eu não dei conta de algumas demandas da vida emocional e comecei a usar, tive um uso muito pesado de 2014 a 2020", lamentou.
Por fim, admitiu estar na quinta internação: "É um tratamento humanizado, a recuperação é por atração. Tem uma diferença entre estar limpo e estar em recuperação. Eu posso estar limpo e não estar em recuperação, a minha doença tem a ver com o meu comportamento. A recuperação é total, mental, espiritual e física. Foi nessa quinta internação que eu consegui finalmente falar: 'Sim, eu sou doente. Sim, eu preciso de ajuda'. Foi a primeira vez que eu me internei voluntariamente, com vontade, e acho que fez toda a diferença".
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