Publicado em 28/05/2021 às 11:18:39,
atualizado em 28/05/2021 às 11:32:37
O fim do contrato entre a Nike e Neymar envolveu uma denúncia de assédio sexual contra o atacante do PSG. Segundo o Wall Street Journal, a conselheira geral da empresa de materiais esportivos, Hilary Krane, confirmou o rompimento depois dele não ter colaborado com as investigações do caso, que teria ocorrido em 2016.
Ao jornal estadunidense, Krane declarou: "A Nike encerrou seu relacionamento com o atleta porque ele se recusou a cooperar em uma investigação de boa-fé de alegações confiáveis feitas por uma funcionária de irregularidades cometidas". Sabendo da publicação do periódico, a Nike emitiu uma nota e confirmou que existiu a denúncia de assédio sexual contra Neymar. O contrato entre as partes tinha mais oito anos de duração, mas foi encerrado em setembro do ano passado. Depois, ele fechou com a Puma. A investigação segue em curso.
"A investigação foi inconclusiva. Não emergiram fatos suficientes que nos permitam falar substancialmente sobre o assunto. Seria inapropriado para a Nike fazer uma declaração acusatória sem poder oferecer fatos que a suportem", diz a nota da Nike.
E continua: "A Nike encerrou sua relação com o atleta porque ele se recusou a cooperar em uma investigação de boa-fé de alegações críveis de uma funcionária. Continuamos respeitando a confidencialidade da funcionária e reconhecemos que essa tem sido uma longa e difícil experiência para ela".
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A autora da denúncia e funcionária da Nike afirma que Neymar tentou forçá-la a fazer sexo oral em um quarto de hotel numa de suas viagens a Nova Iorque. Ela é quem coordenava a logística dos eventos nos quais Neymar participava.
Uma porta-voz do brasileiro negou as acusações ao The Wall Street Journal: "Ele se defenderá vigorosamente contra esses ataques infundados caso alguma reclamação seja apresentada, o que não aconteceu até agora".
O pai de Neymar concedeu uma entrevista à GloboNews depois, e também negou tudo: "Nós estamos surpresos, a gente não sabe o que está acontecendo, só soa estanho para a gente. Por que a Nike solta essas coisas agora?".
"Claro que não, claro que não [que não cometeu assédio], ela queria fazer uma investigação que a gente não sabia. O contrato da Nike foi rompido unilateralmente por falta de pagamento. Não tem nada a ver com isso", garantiu.
A funcionária da Nike se queixou ao chefe de Recursos Humanos e no Conselho Geral da empresa em 2018, depois de uma pesquisa interna da Nike sobre o tratamento às mulheres. A investigação foi conduzida pelo escritório de advocacia Colley LLP, um dos mais prestigiados dos Estados Unidos.
Naquele momento, Neymar acabou sendo retirado das ações de marketing da Nike, conforme apurou o Wall Street Journal. Representantes de Neymar foram ouvidos na investigação, mas o próprio atleta se recusou a ser entrevistado.
Tudo teria acontecido em junho de 2016, quando ele fez uma campanha publicitária no estádio de beisebol de Nova Iorque, o City Field. A mulher que o acusa é brasileira. Ela afirma que teve um breve momento a sós com o craque, que não a deixou de sair do quarto. Neymar teria tirado a cueca e a forçado a praticar sexo oral. A mulher, com isso, relatou tudo a amigos e colegas da própria Nike.
Vale lembrar que em 2019, Neymar foi acusado pela modelo Najila Trindade de estupro, porém, a investigação foi encerrada sem indiciamento do jogador, porque a moça não apresentou provas do suposto crime.
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