Publicado em 27/04/2021 às 09:58:32,
atualizado em 27/04/2021 às 10:36:47
O coreógrafo Wade Robson perdeu mais uma vez nos tribunais dos Estados Unidos ao tentar processar as empresas que pertenciam a Michael Jackson (1958-2009). A alegação era que a MJJ Productions e MJJ Ventures teriam facilitado o astro a praticar os supostos crimes de abuso sexual.
No ano de 2013, Wade abriu processo alegando ter sofrido abusos do Rei do Pop por 10 anos em sua infância. O espólio de Jackson, que controla seus empreendimentos, não concordou com a acusação e contestou todas elas. "Não há nenhuma evidência que apoie a alegação do autor de que os réus exerciam controle sobre Jackson", decidiu o juiz Mark A. Young, do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles.
"A evidência demonstra ainda que os réus não tinham capacidade legal para controlar Jackson, porque ele tinha propriedade total e completa dos réus corporativos. Sem controle, não há relação ou dever especial existente entre os réus e o requerente. Além disso, não há evidência de abuso por parte dos réus", completou a sentença.
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Há quatro anos, um processo aberto por Wade Robson havia sido negado, já que o suposto crime teria prescrito, mas ele conseguiu uma nova apelação. Crimes de agressão contra sexual passaram a prescrever em 40 anos, e não mais 26 como era na Califórnia.
"Wade Robson passou os últimos oito anos perseguindo reivindicações frívolas em diferentes processos contra o espólio de Michael Jackson e empresas associadas ele. Robson recebeu quase três dezenas de depoimentos, investigou e apresentou centenas de milhares de documentos tentando provar suas reivindicações, mas um juiz mais de uma vez decidiu que elas não têm mérito algum, que nenhum julgamento é necessário e que seu último caso seja arquivado", disseram os advogados do Rei do Pop.
Quem representa Robson contestou: "Esta decisão sofre das mesmas falhas fatais da decisão anterior. Por isso, iremos apelar ao Tribunal do Recurso e se necessário, Supremo Tribunal". O argumento é que a impunidade pode acarretar em perigo para outras crianças.
"A decisão abrirá um precedente perigoso que deixaria milhares de crianças que trabalham na indústria do entretenimento vulneráveis ao abuso sexual por pessoas em posição de poder. As crianças do nosso estado merecem proteção e vamos parara de lutar até garantir que todas as crianças estejam seguras", finalizou.
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