Kelly Key reafirma que sofreu preconceito por ser bonita e lamenta: "Me cancelaram"

Kelly Key lamentou que tenha sido "cancelada" por afirmar que sofreu preconceito porque era bonita quando mais jovem. À revista Quem, justificou que uma mulher bonita é associada como uma mulher ignorante, principalmente anos atrás, quando iniciou a carreira.

"Acho um saco essa questão do cancelamento. Isso é desagradável e muito perigoso. O cancelamento dura algumas horas às vezes. Mas para as pessoas canceladas, elas podem levar isso para a vida e ficarem abaladas. O vídeo falava sobre várias inseguranças na minha vida e uma delas foi que eu gosto de estar bonita e sofri preconceito por isso", desabafa.

Para a cantora, a maneira com que as pessoas passaram aquilo adiante pareceu ridículo. "Existem muitas questões e problemas mais sérios, principalmente no momento em que estamos vivendo, acontecendo no mundo. As pessoas sem assistir ao meu vídeo me cancelaram. Foi uma injustiça e uma puta sacanagem comigo. Veio uma avalanche de cancelamento em cima de mim. Criaram até uma hashtag "forçaguerreira", continuou.

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O machismo é determinante, diz Kelly Key

O fato que aconteceu com ela mesma mostra um machismo enraizado na sociedade. "A sociedade evoluiu muito, mas ainda temos muito o que melhorar, principalmente na sororidade entre as mulheres. Não me coloquei no lugar de outras lutas e nem falei que uma é mais importante do que a outra", prosseguiu.

"Fiz [o vídeo] sem nenhuma pretensão o desabafo. É uma sacanagem alguém interpretar e escrever algo que não é verdade", afirmou.

O cancelamento, segundo Kelly acaba enfraquecendo a luta de questão importantes. "As pessoas riam e compartilhavam da mesma opinião, sem ao menos terem assistido o vídeo completo no meu canal. O problema é que todo mundo acha que tem voz e não sabe o poder dessa voz", analisou.

"A gente tem que saber o que está falando, porque essa voz pode chegar em muitos lugares. Os nossos ativistas têm uma importância imensa na sociedade em diferentes frentes, por isso, não devemos banalizar os julgamentos", encerrou.