Publicado em 18/01/2024 às 09:30:43, atualizado em 18/01/2024 às 14:09:29
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Quem disse que uma novela longa pode cansar o público se enganou totalmente. A saga de Terra e Paixão, novela das nove da Globo que exibirá seu último capítulo na próxima sexta-feira(19), provou o contrário. Seu primeiro capítulo foi ao ar em 8 de maio de 2023 e, de lá para cá, muita história foi contada. Grandes reviravoltas e muitas participações especiais marcaram a trama.
O folhetim, criado por Walcyr Carrasco e com direção artística de Luiz Henrique Rios, ganhou o reforço de Thelma Guedes. Esse trio fez dele um grande sucesso, alcançando os tão almejados 30 pontos no Ibope, algo que o horário não conseguia há meses, pois as novelas anteriores fecharam com uma média de 28 pontos.
Walcyr dispensa apresentações, pois figura como o maior dramaturgo da atualidade, é o rei do horário nobre, sua forma de criar o permite fazer mudanças e fazer funcionar o que não agrada. Ele coleciona grandes sucessos em todos os horários.
Em Terra e Paixão, Walcyr Carrasco teve a parceria com Thelma Guedes
Thelma Guedes também coleciona sucessos, inclusive dois Emmy Internacional de Melhor Novela com Joia Rara (2013) e Órfãos da Terra (2019), uma dramaturga promissora, que sabe bem a história que quer contar e certamente é mais uma boa opção para o horário nobre. Falei com Thelma sobre a novela e ela me disse o seguinte:
“Ter sido chamada, pelo Walcyr, pra escrever Terra e Paixão com ele, foi uma grande surpresa e alegria. Admiro demais o trabalho dele, e fiz de tudo para cumprir minha tarefa da melhor forma. Ajudá-lo a contar essa longa história, mantendo a sua força e emoção. Acho que deu certo, né? Estamos felizes com o resultado . E acho que o público também! Pra mim foi uma grande honra!"
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Thelma Guedes
Na minha opinião, Terra e Paixão foi uma trama audaciosa, moderna, que abordou temas super atuais, um folhetim clássico, mas dinâmico, um ritmo mais acelarado, conforme o mercado necessita hoje, pois a novela teve bons ganchos que prenderam o público, sem perder o melodrama, seu principal ingrediente.
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O elenco brilhou. Tony Ramos, na pele de Antônio La Selva, deu um show de interpretação, compôs o personagem com maestria, dos trejeitos ao sotaque. Glória Pires não ficou para trás e encarnou a vilã Irene de corpo e alma.
Dois destaques foram o casal LGBTQIA+, Kelvin e Ramiro, interpretados pelos atores Diego Martins e Amaury Lorenzo, que conquistaram o público de todas as idades e muitas regiões, do interior às capitais. Conservadores ou não, foram cativados por essa dupla.
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Rainer Cadete também se consolidou como um bom ator, principalmente no tocante ao seu sotaque, que soou espontaneamente. A participação de Eliane Giardini como Agatha movimentou a trama. A atriz simplesmente cintilou.
Não posso deixar de citar a passagem de Cláudia Raia como a trambiqueira Emmy. Outros destaques foram Tatá Werneck, Débora Falabella, Ângelo Antônio e Agatha Moreira. Cauã Reymond e Bárbara Reis, com o tempo, criaram a química que o casal protagonista necessitava e passaram a ter a torcida do público para que tivessem paz e fossem felizes para sempre. Pudera, dois grandes talentos dessa geração, não poderia ser diferente.
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Terra e Paixão entra para o hall de um novelão. Vamos aguardar o último capítulo.
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