Publicado em 15/08/2024 às 05:27:00
O reality show Estrela da Casa, que estreou na última terça-feira (13), tem um formato promissor. Original da Globo, ao contrário de outros programas importados, a aposta tem claras referências a atrações conhecidas dos telespectadores, mas que já estão saturadas, como o Big Brother Brasil e o The Voice Brasil.
Estrela da Casa lembra bastante o extinto Fama, que teve quatro temporadas entre 2002 e 2005. A atração comandada por Angélica (e por Toni Garrido nos primeiros anos) também unia competição musical e convivência, mostrando o dia a dia dos participantes, principalmente os ensaios.
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No antigo programa, contudo, as interações entre os oponentes não eram tão exploradas. O foco era mesmo a aptidão musical de cada um. As eliminações eram definidas pelo voto popular, mas também envolviam julgamento de especialistas. Além disso, os episódios ficavam restritos à programação da tarde, sem exibição à noite, no horário nobre.
O novo reality parece ter muito mais do BBB. Não à toa, a primeira prova foi de resistência – o que gera algum estranhamento: por que aspirantes a cantores devem mostrar esse tipo de esforço físico, que em nada interfere no talento artístico? A resposta está justamente na concepção da disputa, que não leva apenas a música em conta.
A ideia, aqui, é definir um novo ídolo considerando seu comportamento e personalidade – uma conversa direta com estes tempos de superexposição nas redes sociais. Afinal, um cantor de sucesso, atualmente, não se mantém nesse posto sem que suas características pessoais agradem tanto quanto o trabalho.
Estrela da Casa resgata o “BBB raiz”, longe do formato que se mostrou cansativo e saturado nos últimos anos – ainda que a repercussão se mantenha assombrosa. Enquanto o Big Brother aposta nas dinâmicas mais mirabolantes para se reinventar, a nova atração volta aos primórdios do programa e mostra que “menos é mais”.
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São apenas 14 participantes, todos anônimos, o que permite atenção a cada um deles, sem que o telespectador passe semanas sem se dar conta da presença de um ou de outro. É isso que tem acontecido com o BBB, cuja edição mais recente começou com 26 oponentes, incluindo celebridades.
O novo programa também livra o público de mais uma enfadonha temporada do The Voice Brasil, que vinha fazendo hora extra na Globo. A novidade tende a dar conta do que o reality antecessor nunca foi capaz: mostrar os artistas por inteiro, já que, apenas com a cantoria, poucos deles foram capazes de se manter relevantes no mercado.
Outro ponto positivo é a presença de Ana Clara, que ascendeu como apresentadora desde sua participação no BBB, em 2018. Com sua já conhecida habilidade de comunicação, ela está bem no posto e mostra firmeza na condução do programa. Quem sabe um “laboratório” para que ela assuma, em breve, o reality que a alçou à fama.
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