Publicado em 14/09/2025 às 08:00:00,
atualizado em 14/09/2025 às 09:38:35
O modelo de negócios da Globo, SBT, Record, Band e RedeTV! está prestes a passar por uma revolução. Com a regulamentação da TV 3.0, o governo federal oficializou uma prática que já vinha sendo adotada por algumas emissoras: a terceirização de conteúdo, como a venda de espaços para cultos evangélicos. A novidade é que a DTV+ abre espaço para a comercialização de canais dentro da mesma faixa de frequência.
Em resumo, a Record poderia comercializar um segundo canal exclusivo para a Igreja Universal, de Edir Macedo, transmitindo 24 horas de conteúdo evangélico. Com isso, manteria seu canal principal dedicado apenas à programação comercial e passando a disputar com mais igualdade a audiência com o SBT nas madrugadas, faixa em que perde o segundo lugar para o concorrente.
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Por outro lado, a chegada da nova TV Digital abre espaço para que emissoras como o SBT levem seus canais de streaming diretamente para a TV aberta com a multiprogramação, como SBT Novelas e SBT Kids.
Na Globo, também pode colocar a Ge TV, seu canal de esporte voltado para o público jovem, em um segundo canal aberto.
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A novidade no modelo de negócio das TVs ocorre porque o decreto assinado pelo presidente Lula (PT) no dia 27 de agosto, que institui a TV 3.0, permite a multiprogramação, ou seja, a transmissão de múltiplos canais por um único radiodifusor, utilizando o mesmo fluxo de dados.
Isso significa que uma emissora poderá, por exemplo, alugar espaço em seu sinal para outras empresas, criando um novo mercado dentro da TV aberta.
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Atualmente, a multiprogramação já é permitida, mas com restrições. Emissoras comerciais só podem dividir seu canal com outras programações se estas forem voltadas para fins educativos, culturais ou comunitários.
Na época em que essa regra foi criada, a justificativa era impedir que o espectro público fosse utilizado exclusivamente para fins comerciais, preservando assim a missão social da radiodifusão e evitando que emissoras alugassem ou vendessem espaço em seus canais para empresas privadas. Agora isso mudou.
A previsão é que a nova TV Digital comece a funcionar no Brasil na Copa do Mundo de 2026.
"Art. 11. As pessoas jurídicas às quais foram concedidas outorgas para executar serviço de radiodifusão de sons e imagens e seus ancilares e as consignatárias da União poderão transmitir múltiplas programações em padrão TV 3.0, em um único canal de radiofrequência, de acordo com as seguintes modalidades:
Leia o decreto da TV 3.0 na íntegra aqui.
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