Publicado em 30/07/2025 às 10:55:00,
atualizado em 30/07/2025 às 11:05:39
O presidente Lula (PT) concedeu entrevistas à Globo e à Record no dia 10 de julho, abordando as tarifas anunciadas por Donald Trump sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. O chamado "tarifaço" entra em vigor nesta sexta-feira (01). Nos bastidores, ainda repercute a decisão do presidente de escolher apenas essas duas emissoras, deixando de fora o SBT e a Band. O NaTelinha apurou com exclusividade que a escolha tem relação com audiência e flerte com o público evangélico.
Em conversa com a reportagem, fontes ligadas à Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República) explicaram que, inicialmente, o presidente Lula pretendia fazer um pronunciamento em rede nacional, em horário nobre, para tratar das tarifas.
+ Na Globo, Aberto ao Público aposta no humor TikTok e erra o alvo
+ Disney+ patina no Brasil, mesmo com reforço dos Simpsons após 1 ano
No entanto, por uma questão estratégica, optou por conceder entrevistas exclusivas ao Jornal Nacional e ao Jornal da Record. A decisão permitiria ao presidente transmitir sua mensagem de forma mais clara e, ao mesmo tempo, tornar sua imagem mais próxima e humanizada.
A escolha pela Globo se deu em razão de sua ampla audiência e da capacidade de alcançar diversos públicos simultaneamente. Segundo dados da Kantar Ibope, no dia 10 de julho, o Jornal Nacional registrou 23,9 pontos na Grande São Paulo, e se tornou o segundo programa mais assistido da TV naquele dia. Na ocasião, a entrevista com Lula foi feito pela repórter Delis Ortiz.
VEJA TAMBÉM
No caso da Record, a decisão se deu por ser a emissora com o segundo telejornal mais visto fora da Globo, além do interesse do governo em dialogar com o público evangélico que acompanha o canal. A entrevista foi conduzida pela jornalista Christina Lemos, que possui também bom trânsito no governo e em Brasília.
Com isso, se entendeu que, em um momento considerado prioritário, as entrevistas à Globo e à Record atenderiam melhor à estratégia de comunicação desejada pelo governo para aquele dia. Já o Jornal da Band e o SBT Brasil poderiam ser deixados em segundo plano.
No caso do SBT, pesaram contra sua ausência de tradição no jornalismo e as ressalvas quanto ao nome de César Filho como âncora. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o apresentador do telejornal é alvo de críticas no meio político por não agregar prestígio ao conteúdo do jornalístico.
De acordo com fontes no Secom, no dia seguinte foi acertada com outros jornalistas uma entrevista em Brasília com Fernando Haddad, na entrada do Ministério da Fazenda. A ideia era complementar as explicações dadas por Lula, oferecendo novos esclarecimentos à imprensa. SBT e Band participaram da cobertura.
O NaTelinha apurou que as duas emissoras demonstraram interesse em realizar uma entrevista exclusiva com Lula, e as negociações seguem em andamento.
Vilã não morreu
Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel
Estreou na TV aos 7
Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web