Publicado em 07/11/2024 às 10:41:00, atualizado em 07/11/2024 às 10:48:22
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Mariana Becker se tornou a cara da Band nas transmissões da Fórmula 1, e essa identificação do telespectador manifestou-se durante o GP do Brasil, no último domingo (03), quando seu nome foi gritado nas arquibancadas da corrida. Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, a jornalista contou que ficou surpresa com a situação, mas ao mesmo tempo se sentiu acolhida. Becker também revela perrengues com Lewis Hamilton e comenta que a morte de Senna (1960-1994) exemplifica o que a Fórmula 1 tem de pior e de melhor.
Hoje com 53 anos, Mariana iniciou sua cobertura da F1 em 2008 na Globo e continuou seu trabalho na Band em 2021, quando a emissora passou a transmitir as corridas da categoria.
Considerada uma das jornalistas mais influentes na Fórmula 1, Mariana Becker viveu um dia de um popstar durante o Grande Prêmio de São Paulo, em Interlagos. Parte do público que lotava as arquibancadas, mesmo debaixo de chuva, começou a gritar seu nome.
“Fiquei muito surpresa e comovida com essa manifestação. Normalmente a largada é um dos momentos mais tensos da cobertura, em que tenho que ter muitas informações na cabeça e estar pronta pra qualquer eventualidade. Ali, no meio daquilo tudo, foi como se alguém me parasse e me desse um imenso abraço”, diz a jornalista que começou sua carreira na Band do Rio Grande do Sul antes de migrar para Globo em 1994.
No ano em que a morte de Ayrton Senna completa 30 anos, Mariana Becker afirma que o piloto é um ícone e que, para a Fórmula 1, ele transcende a figura tangível de piloto.
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“Ele combina a genialidade que nunca mais vai poder ser medida ou alcançada porque aquele tempo, aqueles carros e aquelas situações não voltam mais. E o fato de ter morrido em ação, combina o que este esporte tem de pior e de melhor. Melhor, a alegria da vitória e da audácia, e o pior, a finitude inexorável da morte repentina. Dois extremos."
Senna foi vítima de um trágico acidente durante o GP de San Marino, em Ímola, na Itália. Em 1994, aos 34 anos, ele perdeu o controle de seu carro a 200 quilômetros por hora, colidindo com um muro em uma curva.
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Sobre a entrada do piloto brasileiro Gabriel Bortoleto, de 20 anos, na Sauber na temporada de 2025, marcando o retorno de um profissional para representar o país na categoria após 8 anos, Mariana Becker afirma que Bortoleto está entrando no momento certo.
“Gabriel é um jovem concentrado e talentoso. Ele tem noção da importância da chance que está tendo e foi construindo a sua carreira para chegar onde chegou. Não é por acaso. Estamos todos curiosos para ver como ele vai se apresentar pilotando um Fórmula 1. Pela postura dentro e fora da pista, para mim, ele está entrando na hora certa.”
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Mariana Becker sobre o piloto Gabriel Bortoleto
Fórmula 1 na Band
A audiência da transmissão do último domingo (03) do GP do Brasil fez a Band alcançar uma média de 6 pontos com picos de 6,9, chegando a tirar o segundo lugar do SBT por 43 minutos não consecutivos. Além disso, a emissora dedicou mais de 10 horas de programação entre sexta-feira e domingo para a cobertura dos treinos, pré-corrida e pós-corrida, além das 7 horas no canal Bandsports na TV paga.
“Acho que como todo mundo, temíamos um ano de definição rápida e fácil do mundial pelo Max Verstappen, mas não foi isso que aconteceu. As corridas estavam totalmente imprevisíveis e a temporada cheia de histórias paralelas que coloriram muito a cobertura”.
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Mariana Becker faz balanço da F1 em 2024
Sobre quem é Mariana Becker fora do vídeo, ela responde: “Sou basicamente a mesma pessoa na frente e atrás das câmeras, com a diferença de que, longe das lentes, eu cozinho bastante e amo estar com bichos, quase sempre em silêncio. De resto, tropeço igual, tenho acessos de riso, me comovo, fico brava, tudo isso com a consciência de ter que me organizar para tentar passar as informações da forma mais palatável possível”.
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Nesses 16 anos de cobertura da Fórmula 1 ao vivo, Becker conta que as ‘roubadas’ e os ‘micos’ são inevitáveis e, “no meu caso, inúmeros”, completa.
“Trabalhar o dia inteiro empapada e tremendo a ponto de o piloto ter que segurar o meu microfone é fichinha. Dar branco de cansaço na hora H da pergunta, também. Essas duas aconteceram com Lewis Hamilton. E eu ainda confessei. Por alguns segundos, fiquei muda olhando para ele e disse: desculpa, esqueci totalmente o que iria te perguntar. Calça rasgada nos fundilhos enquanto caminhava pelo paddock e grid, foram duas vezes. E por aí vai…”, revela.
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Assista ao vídeo onde Mariana Becker ganhou torcida no GP Brasil:
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