Alopecia areata

BBB21: Falhas no couro cabeludo de Lucas é uma doença autoimune; entenda

Participante sofre com patologia que pode se desenvolver com gatilhos

Lucas Penteado sofre com patologia que afeta couro cabeludo - Reprodução
Por Thiago Forato

Publicado em 05/02/2021 às 05:43:59,
atualizado em 05/02/2021 às 12:37:47

Em meio a discussões de cancelamentos e o comportamento um tanto quanto exagerado dos brothers no BBB21, outro fator chamou a atenção de muita gente: as falhas no couro cabeludo de Lucas Penteado. A patologia que afeta o participante é conhecida como alopecia areata, uma doença inflamatória autoimune, que provoca a queda de cabelo.

Segundo a Dra Ana Carina Junqueira, médica à frente do Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisa Capilar (IBEMC), a doença pode se manifestar em qualquer idade, da infância ao extremo da vida adulta, mais comumente dos 15 aos 50 anos de idade, sendo que cerca de 60% dos pacientes tem o primeiro episódio antes dos 20.

A doença é autoimune. Isso quer dizer que a pessoa já nasce com a tendência de desenvolver a patologia por alguma desregulação do organismo. "Questões emocionais como depressão, ansiedade, crises de pânico, podem ser gatilhos para a Alopecia. O estresse é um gatilho conhecido, podendo dar início a um quadro clínico de alopecia areata quando exacerbar um quadro pré-existe", pontua Junqueira em conversa com o NaTelinha.

Algumas atividades, no entanto, ajudam a reduzir o estresse e ansiedade como meditação, atividade física aeróbica e um sono regular, na tentativa de controlar a doença. O principal tratamento consiste no uso dos anti-inflamatórios do tipo corticoide, preferencialmente nas suas formas locais como tópicos e aplicações intralesionais, mas podem ser utilizados em sua forma sistêmica também.

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A doença não afeta um determinado tipo de faixa etária ou etnia. Ela abrange todos os sexos e grupos étnicos, sendo que quem possui lúpus, outra doença autoimune, tem uma chance maior de desenvolver alopecia areata.

De acordo com a médica, apesar de ser uma doença crônica, é possível recuperar os fios. "Mas, a pessoa continua sendo portadora da alopecia, sendo necessário acompanhamento médico, de preferência por um médico especializado em tricologia, por toda a vida", afirma.

Há também fatores genéticos envolvidos na patogênese da doença. Ou seja, indivíduos de uma mesma família possuem risco maior de desenvolvê-la. "Porém, não obrigatoriamente essa herança genética será transmitida a outros membros da família", frisa.



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