Julgamento na Espanha

Daniel Alves pede para se pronunciar ao fim do julgamento e promotora explica ao vivo na Globo

Promotora explica vantagem do jogador em nova manobra


Promotora ao vivo na Globo explicando caso
Daniel Alves é julgado na Espanha - Foto: Reprodução/TV Globo
Por Thiago Forato

Publicado em 05/02/2024 às 10:51,
atualizado em 05/02/2024 às 11:01

O julgamento do jogador Daniel Alves começa nesta segunda-feira (5) em Barcelona, na Espanha. Acusado de agressão sexual contra uma mulher na cidade catalã em dezembro de 2022, ele já deu diferentes versões do acontecido e agora pediu para se pronunciar somente ao fim do processo. A promotora de Justiça Valéria Scarence explicou a manobra ao vivo no Encontro.

A vantagem para o réu, segundo ela, é que Daniel toma conhecimento de todas as provas e só depois dá sua versão. "O que se falou muito na Espanha foi que ele mudou muitas vezes a versão e essas alterações foi um dos fundamentos pra prisão preventiva. Quando fala no final da audiência, ele já acompanhou o depoimento da vítima, de todas as testemunhas, de todas as provas... É um exercício da autodefesa", explicou à Patrícia Poeta.

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"Depois do caso Daniel Alves, no Brasil, por exemplo, surgiram leis, protocolos de atendimento à vítima, de preservação da identidade, de coleta de provas. É um recado para o mundo, que a violência contra a mulher não escolhe classe, e ela tem que ser cumprida", acrescentou ela.

O caso Daniel Alves

A promotora também comparou o caso com do ex-jogador Robinho, que foi condenado na Itália pelo mesmo crime de Daniel. "No caso do Robinho já existe uma sentença condenatória definitiva, não cabe nenhum recurso. Por que o Robinho não está cumprindo pena? Porque no Brasil não se permite extradição de brasileiro nato, quem nasceu no nosso país", justificou.

"No caso do Daniel Alves, o que se percebeu? Se ele viesse ao Brasil, aconteceria a mesma coisa, não poderia ser extraditado. O que se pede em relação ao Robinho é uma prisão por cumprimento de pena. A prisão do Daniel Alves ainda é cautelar, provisória. A prisão foi decretada também porque não poderia ser extraditado", encerrou.

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