Na CNN Brasil, William Waack comenta caso de racismo e revolta internautas
Escalação do jornalista pelo canal de notícias foi alvo de críticas nas redes sociais
Publicado em 30/05/2020 às 14:30
A CNN Brasil escalou William Waack para comentar a onda de protestos contra o racismo nos Estados Unidos. Os atos, que já duram quatro dias, são motivados pelo assassinato de George Floyd, homem negro de 46 anos que foi asfixiado por um policial branco até morrer em Minneapolis, na última segunda-feira (25). A escolha do canal de notícias gerou controvérsia e causou revolta.
Em novembro de 2017, William Waack foi acusado de racismo por conta de um comentário feito nos bastidores do Jornal da Globo, que vazaram na web. Em um vídeo, ele apareceu prestes a entrar no ar, quando se irritou com um barulho que vinha da rua. Na ocasião, ele estava ao lado de Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute, do Wilson Center, em Washington, que se manteve calado.
"Tá buzinando por quê, seu merda? Eu não vou nem falar porque eu sei quem é, né? É preto, é preto. É coisa de preto", disse Waack. O episódio ocorreu em 2016, durante a cobertura das eleições presidenciais nos EUA, mas só chegou ao público no ano seguinte. A repercussão motivou o afastamento do âncora do telejornal da Globo. Meses depois, ele foi desligado da emissora onde prestou serviços por 21 anos.
Na noite dessa sexta (29), na CNN Brasil, o jornalista comentou as manifestações em diversas cidades dos EUA em resposta à violência policial contra a população negra. A participação de Waack na abordagem do tema foi alvo de críticas entre os internautas, o que levou seu nome a figurar entre os assuntos mais comentados das redes sociais.
"Muito legal saber que a CNN Brasil colocou William Waack pra falar sobre racismo. É sempre bom contar com um especialista no assunto", ironizou um internauta. "O racismo brasileiro é tão estrutural e cínico que William Waack, demitido da Globo pela frase racista 'Não vou nem falar, porque eu sei quem é… é preto. É coisa de preto!', foi logo premiado pela CNN e ontem comentava sobre a revolta nos EUA pelo assassinato de George Floyd", criticou outra.
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