Virada

Presidente do PT quer proibir clube de tiro no Brasil

Gleisi Hoffmann não quer mais autorização para CACs


Presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em foto
Gleisi quer proibir clubes de tiro - Foto: Reprodução

A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), anunciou sua intenção de apresentar um projeto de lei que visa proibir os clubes de tiro e os registros dos chamados CACs (caçadores, atiradores e colecionadores).

Essa categoria foi especialmente beneficiada por normas editadas durante o governo de Jair Bolsonaro. De acordo com a parlamentar, o PT sempre se opôs ao armamentismo e, para embasar a proposta, ela solicitou à sua equipe um levantamento detalhado sobre a legislação relacionada ao tema.

Gleisi Hoffmann, que é aliada de primeira grandeza de Lula, expressou seu desejo de aprofundar a discussão dentro de seu partido e com a bancada da legenda na Câmara dos Deputados. Além disso, planeja levar a proposta ao ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB).

"Acredito que é essencial debater o sentido da existência desses clubes e registros. Qual é a utilidade deles para a sociedade brasileira? Até o momento, não consigo enxergar nenhum benefício", afirmou Gleisi à Folha. A presidente do PT questionou a necessidade dos registros de CACs, indagando sobre os motivos para sua existência.

Ela ponderou sobre a prática de tiro esportivo, ressaltando a importância de uma regulamentação rigorosa para competições, caso estas sejam reconhecidas. Segundo Gleisi, atirar em clubes de tiro deveria ter objetivos mais claros e significativos para a sociedade.

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Gleisi Hoffmann reconheceu o recente decreto assinado pelo presidente Lula, na sexta-feira (21), que impôs mais restrições ao acesso de armas no país, revertendo a política de flexibilização observada durante o governo Bolsonaro, considerando-o um "grande avanço".

A presidente do PT também criticou a gestão dos clubes de tiro durante o governo anterior, acusando-os de serem "comitês do bolsonarismo e da violência, inclusive da violência política".

Atualmente, para se tornar um atirador, é necessário obter autorização do Exército, o que exige filiação a um clube de tiro, prova de capacidade técnica e ausência de antecedentes criminais. As mudanças propostas no novo decreto transferem a autorização para a Polícia Federal, em uma transição gradual do Exército para a PF.

Outra alteração significativa do decreto é a redução do limite de armas por pessoa. Durante o governo Bolsonaro, um atirador poderia possuir até 60 armas (sendo 30 delas classificadas como de uso restrito das forças de segurança e Forças Armadas). Agora, esse número é reduzido para 16 armas (sendo 4 de uso restrito).

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