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Sem Fridman, Record se despede da "geração de ouro" das novelas

Autora deixou a emissora após 17 anos


Chamas da Vida foi escrita por Fridman
Fridman foi a última de uma geração da ouro da Record - Foto: Reprodução/Record
Por Thomaz Rocha

Publicado em 26/12/2022 às 18:49,
atualizado em 26/12/2022 às 18:49

A notícia da saída da autora Cristianne Fridman da Record após 17 anos caiu como uma bomba não apenas para o mercado audiovisual, mas também entre os noveleiros e público de entretenimento em geral. Conhecida por escrever as novelas contemporâneas mais emblemáticas da emissora, como Chamas da Vida (2008), Vidas em Jogo (2012) e Topíssima (2019), todas bem recebidas pela crítica e público, a novelista era a última profissional pertencente a considerada "geração de ouro" do canal.

Com a saída de Cristianne Fridman, a emissora de Edir Macedo enterra de vez o caminho traçado no início do século para buscar um público mais diverso ao não manter nenhum profissional de renome em seu quadro de autores. Fridman foi contratada em 2005, quando a Record retomou seu núcleo de teledramaturgia, colocando a emissora como uma das mais importantes produtoras de novela do país.

Com A Escrava Isaura (2004), o canal potencializou sua gestão, viu a audiência disparar e ser aclamada pela crítica, e assim seguiu com outros folhetins nos anos seguintes. Naquela leva, a emissora roubou grandes nomes da teledramaturgia da Globo, sua principal concorrente, como Tiago Santiago, Ana Maria Moretzsohn e a própria Fridman.

Numa tentativa ousada, a Record também chamou medalhões como Lauro Cesar Muniz, Carlos Lombardi e Marcílio Moraes, mas todos foram demitidos do canal. A única que ainda mantinha contrato com a emissora era Fridman.

Cristianne Fridman foi responsável por grandes sucessos na Record

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A chegada da autora no canal de Edir Macedo aconteceu após ser redatora do programa Gente Inocente (2001) e ser colaboradora em Coração de Estudante (2002), atual reprise do Canal Viva, e em duas temporadas de Malhação.

Na Record, escreveu Bicho do Mato (2006), Vitória (2014) e Amor sem Igual (2020), além dos folhetins citados anteriormente. Com Chamas da Vida, ela garantiu média de 13,9 pontos, uma das maiores médias das novelas da Record. Após o fim de Topíssima, havia a confirmação de uma sequência da trama, mas a produção foi engavetada pela atual direção da Record.

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